domingo, 9 de setembro de 2007

Dezembro - 2001

Deficientes em cadeiras de rodas
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Juarez
Data: 01.12.01
Se por um lado, os atletas olímpicos brasileiros fizeram uma das piores apresentações na Olímpiada de Sidney. Os atletas paraolímpicos deram um verdadeiro show, trazendo inúmeras medalhas e mostrando ao mundo a garra e a força de vontade de pessoas que mesmo tendo uma deficiência demonstraram raça nas disputas esportivas. Atualmente a Ong "Esporte sem fronteiras", criada pelo professor de ginástica especial, da Universo, Maurício Lemos, tem desenvolvido um trabalho visando o lazer e o esporte para os portadores de necessidades especiais. São 15 atletas que se dividem nos dois treinos realizados no Ginásio do Cefet. Enquanto um dos treinos é realizado na quarta-feira a noite o outro treino é feito aos sábados pela manhã, para atender as necessidades de todos os atletas. Ong - "Em setembro realizamos um festival de dança para os portadores de deficiência. A Ong "Esporte sem fronteiras" conta com o apoio do diretor técnico do Comitê Para-Olímpico Brasileiro, Kléber Veríssimo. Amanhã irei participar do Congresso Técnico como assessor técnico durante o Campeonato Brasileiro de Basquete de Cadeira de Rodas da primeira e segunda divisões", declarou Maurício Lemos. "No próximo dia 8, farei uma palestra sobre esporte para cegos, em um curso promovido pelo Comitê Para-Olímpico Brasileiro, que será realizado em Macaé. Em 2002, a Ong tem um projeto de capacitar profissionais para trabalhar com o para-desporto na região norte e noroeste fluminense", disse o professor. Maurício Lemos explicou que para trabalhar com pessoas portadoras de deficiência, o professor precisa ter conhecimento do assunto. "Não pode ser apenas um professor de educação física ou aluno, porque ele pode agravar a lesão do deficiente se não tiver conhecimentos específicos", disse. Os atletas estão motivados e tem treinado com afinco se preparando para participar da 3ª Divisão do Campeonato Brasileiro de Basquete em cadeira de rodas, que será realizado em 2002. Maurício Lemos, informou que a exemplo de outros esportes, as equipes começam disputando o campeonato da 3ª divisão e a medida que ele ganha o campeonato ou possui um ótimo padrão técnico ele ascende as categorias de cima, até chegar a 1ª divisão. As adaptações - As regras do basquete em cadeira de rodas são as mesmas do basquete praticado pelos grandes astros internacionais como Michael Jordan, Shaquille O'Neal e Charles Barker. Dos brasileiros, Oscar; Marcelinho (Fluminense), que foi eleito o melhor jogador da Liga Brasileira de Basquete nesse ano. E de outros atletas brasileiros que fizeram história no basquete como Carioquinha e Marcel, que em uma Olímpiada fez uma cesta magistral contra a Iugoslávia, atirando a bola da quadra defensiva brasileira e acertando a cesta sem que a bola tocasse no aro. No basquete de cadeira de rodas, as medidas da quadra, do garrafão e a altura da tabela é a mesma do basquete convencional. Existem várias adaptações para o basquete de cadeira de rodas mas, as principais são a altura máxima da cadeira que deverá estar a 45 cm do solo e o apoio dos pés que deverá estar a 15 cm do chão. Mas a principal adaptação é em relação a condução da bola. "O atleta pode receber a bola, colocar no colo, dar dois impulsos com o aro da roda e é obrigado a passar a bola para um companheiro ou arremessar para o arco. Quando um atleta está com a bola no colo, um adversário pode "roubar" a posse da bola. Dos 15 atletas que participam dos treinos, Alessandro Martins Guimarães, Marcos Madeira, Enilton Leal, Luís Antônio, Sérgio Bonifácio, Célio e Marcelo estiveram ontem no ginásio coberto do Cefet para mais um treino. Como faltava mais alguns atletas, o professor Maurício pegou uma cadeira e além de participar do treino, orientava os atletas independente dele participar da equipe que usava camisetas verdes. "Estamos começando agora, e esperamos conseguir um apoio para representarmos a cidade no Campeonato Brasileiro de Basquete de Cadeira de Rodas", declarou Alessandro. "Para aqueles que ficam em casa, em uma cama achando que o mundo acabou, deveria vir aqui para participar e mostrar as suas qualidades, acabando com a depressão e aprender a conviver socialmente mesmo com uma cadeira de rodas. O esporte faz bem, tanto fisicamente como espiritualmente", disse Luís Antônio, que também é deficiente e participou dos treinos ontem pela manhã.
Futebol campista não tem memória
Rep: Paulo de Almeida Ourives
Data: 01.12.01
Uma das cidades mais importantes do Brasil no aspecto econômico, cultural e esportivo. Chega a ser uma vergonha diante de tantos projetos culturais desenvolvidos pela Fundação Trianon e pelo prefeito Arnaldo Vianna, que os homens que dirigiram o futebol de Campos não tenham se preocupado em preservar a memória do nosso alegre futebol. Futebol que mostrou ao mundo tantos craques como Didi, Amarildo, Poly, Mário Seixas e muitos outros que se espalharam por esse mundo afora. Alguns envergando a camisa amarela da seleção canarinho e outros em clubes de pouca ou nenhuma expressão. Os jovens de hoje, que se ligam e se preocupam com as coisas dos quatro grandes clubes não sabem, ou nunca se preocuparam em saber sobre o passado do futebol campista. Quem obteve mais títulos, os grandes artilheiros do futebol campista, as partidas mais emocionantes, as grandes decisões, depoimentos de pessoas que dirigiram o futebol e outras pessoas que conviveram com os artistas da bola. Relatos que seriam importantes pois mostrariam àqueles que estudam história um bom prato para estudar o desenvolvimento da cidade durante esses anos. Espaço para isso há, e poderia ser na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Palácio da Cultura, em um Arquivo Público Municipal ou na própria Liga Campista, mas vale ressaltar que a Liga Campista não possui nenhum dado ou documento importante para mostrar. Não se sabe também, se há algum documento nos arquivos da antiga Federação Fluminense de Futebol, hoje Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Ferj, e seria ótimo se o próprio Eduardo Vianna da Silva, o Caixa d'Água, também se mostrasse receptivo a preservação da memória do futebol campista. Que os homens que dirigem o nosso futebol tenham consciência e busquem soluções para preservar a história dos clubes campistas e os craques do passado que escreveram uma das páginas mais bonitas do futebol da região.
Qual o clube com a maior torcida de Campos?
Rep: Paulo de Almeida Ourives
Data: 01.12.01
Dia desses lembrei daquelas pesquisas que medem a quantidade de torcedores de um clube. É sabido que o Flamengo detém o maior número de simpatizantes em todo o Brasil e no Rio de Janeiro, já em São Paulo, o Corinthians ganha disparado tanto no aspecto de números como na fidelidade e na paixão. Mas e aqui em Campos? Qual o clube que possui o maior número de torcedores, será o Americano, o Goytacaz, o Rio Branco ou um dos clubes da baixada? Lembro que em meados da década de 70, foi realizada uma pesquisa em Campos, e a torcida do Goytacaz chegou a ganhar o título de maior torcida da cidade. Só que o Goytacaz, ao contrário do Americano, ainda está na 2ª Divisão do Campeonato Estadual, a muito tempo não participa de nenhuma competição nacional, e agora viu a bela campanha do Rio Branco, na disputa do campeonato estadual da 3ª Divisão. Tanto que ano que vem teremos um clássico campista na 2ª divisão do Campeonato Estadual, entre o Goytacaz e o Rio Branco. Mas afinal será que depois de muito tempo o Goytacaz ainda detém o título de ser o clube mais popular de Campos? Embalado por essa curiosidade que não me sai da cabeça, lembrei de uma história ocorrida a muitos anos atrás e que foi publicada no livro "Histórias do Flamengo", de Mário Filho. Para que o leitor tenha conhecimento de uma das páginas mais brilhantes da história do futebol e porque não dizer, um fato como inúmeros outros mais antigos que originaram a eterna e ferrenha rivalidade entre vascaínos e rubro-negros. A história - Em meados do século passado, lá pelas décadas de 50 ou 60, quando o Jornal do Brasil era tido como referência em termos de noticiário. Ele promoveu um concurso para saber qual o clube que possuía a maior torcida do Rio de Janeiro e o vencedor iria receber a Taça Salutaris. A colônia portuguesa radicado no Rio de Janeiro, e que torcia pelo Vasco da Gama, mal deixava os exemplares do jornal chegar às bancas e comprava tantos quanto fossem necessários para dar ao clube de São Januário a belíssima taça. Os rubro-negros por sua vez, além de não terem dinheiro para comprar o jornal, sofriam porque sabiam que os portugueses levariam a taça para o Vasco. O que fazer? Um grupo de torcedores do Flamengo que sempre se reuniam no Largo do Machado, e faziam parte do Gemar, uma espécie de exército de seguranças do Flamengo, depois de algum tempo conseguiu bolar um plano para reverter a situação. O plano consistia em praticar roubos as Kombis do jornal que saíam de madrugada para levar os jornais às bancas da cidade. Esse plano foi colocado em prática a poucas semanas do encerramento da campanha. Quando os portugueses souberam que as Kombis estavam sendo roubadas entraram em pânico, mas a diretoria do clube vascaíno tranquilizou os torcedores dizendo que havia tantos cupons que os poucos que os torcedores rubro-negros conseguissem não seriam suficientes para ganhar a taça. No dia da apuração, houve um verdadeiro congestionamento na avenida Brasil, mais precisamente no Caju, onde fica a sede do Jornal do Brasil. O número de Kombis era imenso, e todas ostentavam o escudo do Clube de Regatas Vasco da Gama, e carregavam sacolas e mais sacolas com os cupons vascaínos. Uma verdadeira legião de homens se colocou na porta do jornal para receber os sacos, e quando parava uma Kombi, a pergunta era a mesma: "É pro basco? E a resposta era: É pro basco! Seguido de gritos entusiásticos, Basco! Basco! Basco!". E assim as sacolas eram passadas de mão em mão até chegar nos elevadores do jornal. Vale ressaltar que enquanto de um lado havia um sem-número de homens portando um botton do Vasco, do outro lado havia uns gatos pingados com o escudo do Flamengo nas camisas. Até que lá pelas tantas, um baixinho desceu correndo as escadarias do jornal e cochichou algo no ouvido daquele que foi o mentor intelectual do terrível plano: - "As privadas já estão entupidas, não desce mais nada! O que fazemos?", disse o baixinho. - "Manda tudo para o fosso dos elevadores", foi a resposta. E assim todas as sacolas com os cupons que chegavam nas Kombis vascaínas foram parar no fosso dos elevadores do jornal. - "Mas como?", dizia um vascaíno incrédulo. - "Eles não trouxeram nenhum cupom", dizia outro vascaíno. A primeira parte do plano dos rubro-negros foi seguido à risca e consistia em roubar as Kombis do Jornal do Brasil que transportavam os exemplares para as bancas, para que os torcedores recortassem os cupons, preenchessem com o nome do Flamengo e entregassem as sacolas rubro-negras entremeados pela enorme quantidade de sacolas vascaínas. Já a segunda parte do plano, consistia em colocar alguns integrantes do Gemar, infiltrados com os torcedores do Vasco da Gama, mas especialmente perto dos elevadores que davam acesso aos andares superiores do jornal. Por isso, a imensa quantidade de cupons vascaínos foi parar no banheiro do jornal, e entupiu os vasos sanitários. Uma outra quantidade foi parar no fosso do elevador, que diante da enorme quantidade o elevador por muitos anos não conseguia parar no mesmo nível do piso. Isso sem falar no trabalho que deu para desentupir a rede de esgotos do jornal. E para supresa, desespero e espanto dos vascaínos no final da apuração, o Flamengo foi considerado como o clube com o maior número de torcedores do Rio de Janeiro e levou a Taça Salutaris para a Gávea. Mas, afinal qual é a maior torcida de Campos, Goytacaz ou Americano?



Comerciários e o feriado
Rep: Paulo de A. Ourives - s/foto (foto arquivo Jorge Rocha ou movimento no calçadão)
Data: 03.12.01

Os vinte e dois mil comerciários do município irão trocar o feriado de 8 de dezembro, consagrado a Nossa Senhora da Conceição, por uma folga no dia 7 de janeiro do ano que vem. O acordo foi assinado pelos sindicatos dos comerciários e dos comerciantes varejistas e na mesa de negociações os comerciários conseguiram um reajuste salarial de 8.16% sobre os salários de outubro. O aumento já começou a vigorar desde 1º de novembro, além disso foi decidido que o piso salarial nos meses de novembro e dezembro será de R$ 220, e a partir de janeiro de 2002 passará a ser o piso salarial estadual.
Com diálogo e equilíbrio na mesa de negociações a direção dos sindicatos que defendem as categorias entre patrões e empregados, conseguiu resolver um problema que acontece todos os anos, o feriado de Nossa Senhora da Conceição, em 8 de dezembro. Justamente um feriado, que tanto comerciantes e comerciários concordam que atrapalha a expectativa de boas vendas, justamente às vésperas do Natal. Quando a expectativa é muito maior do que em outras festas.
O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campos, Jorge Rocha Filho explicou que "num almoço realizado na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas, CDL, foi sugerido a troca do feriado para o sábado de carnaval. Tentamos unir o útil ao agradável e propomos que a troca fosse feita para o dia 31 desse mês. Os comerciantes alegaram que não poderia ser nesta data, porque há uma expectativa de vendas para a véspera de ano novo. Quando muitos consumidores aproveitam para comprar roupas brancas, bebidas e comidas. Então propomos a troca para o dia 7 de janeiro, que é uma segunda-feira e neste mês não há nenhuma expectativa de vendas. Normalmente o mês de janeiro é um dos mais fracos para o comerciário e para os comerciantes. Portanto, no dia 8, o comércio irá abrir as suas portas mas na segunda-feira, dia 7 de janeiro o comerciário irá ter um dia de descanso.", declarou Jorge Rocha.
"Nessa rodada de negociações, os comerciantes alegaram que se o comércio não abrir, os consumidores irão fazer suas compras em outro lugar. Então porque os comerciantes não procuram diminuir a margem de lucro para vender mais e atrair mais consumidores? Um outro motivo alegado por eles para a abertura do comércio nesse dia, é porque nessa época os trabalhadores tem mais dinheiro no bolso, por causa do 13º salário. E tanto o comerciário como os comerciantes saem ganhando", explicou o presidente.
Jorge Rocha informou que além do aumento de 8,16% sobre o salário de outubro, que passou a vigorar em 1º de novembro. O piso salarial da categoria passou a ser de R$ 220, nos meses de novembro e dezembro desse ano. A partir de janeiro do ano que vem, o piso da categoria passará a ser o piso estadual de salário.
"No acordo concordamos com a abertura do comércio nos domingos, dias 16 e 23 de dezembro. Durante a semana o comércio funcionará normalmente como determina a Lei Orgânica do Município que em sua emenda 169 diz: "O funcionamento do comércio de segunda à sábado é de 8 às 21 horas, respeitada a jornada de trabalho de 8 horas por dia", informou Jorge Rocha.
O presidente informou que "os comerciários terão direito a duas folgas em dois sábados como forma de compensar o trabalho nos dois domingos de dezembro (16 e 23), mas que essa folga será combinada entre patrão e empregado, e deverá ocorrer entre os meses de janeiro e fevereiro do ano que vem. Vale ressaltar que por trabalhar no domingo os comerciários terão direito a receber 2% do piso salarial de R$ 220, para o lanche, e mais 50% sobre o dia trabalhado. Já os comissionados irão receber um aumento de 50% sobre a comissão das vendas".
Um grande exemplo de como anda as relações entre patrões e empregados do comércio de um modo geral, foi o grande número de ligações telefônicas para o presidente da entidade, Jorge Rocha. Todas as ligações eram de comerciantes preocupados e querendo obter maiores informações sobre o acordo trabalhista assinado entre os sindicatos dos comerciários e o dos comerciantes varejistas.


Escolas municipais diminuem o índice de repetência
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Wilson
Data: 04.12.01

O fim do ano está chegando e os alunos da rede pública municipal e estadual de ensino já começam a se preparar para as provas finais e aulas de recuperação. A secretária de Educação, Maria Auxiliadora de Freitas, divulgou que o índice de repetência escolar vem caindo desde 1997, quando ele estava em 22%. Em 1998 o índice caiu para 15%, em 1999 o índice de repetência foi de 9% e no ano passado o índice foi de 2%, ou seja, uma queda vertiginosa de 20% em 4 anos. Já o índice desse ano, sairá em breve, pois o conselho de classe dos colégios ocorrerá no próximo dia 14 e o encerramento das aulas no dia 15.
"A expectativa é diminuir o patamar de repetência escolar, e com a política implementada no município nesses quatro anos, nós conseguimos reduzir esse índice para um nível muito bom. Tanto que recebemos três prêmios a nível nacional. Um dos prêmios foi recebido em Natal, RN, no 1º Congresso Nacional de Educação, em 2000 recebemos um prêmio em Porto Seguro, na Bahia, e nesse ano recebemos pela segunda vez a medalha em Gestão Educacional Anísio Teixeira, em um congresso realizado em Ilhéus, também na Bahia", declarou a secretária.
Depois de conseguir reverter o quadro de repetência escolar nesses quatro anos, a secretaria de Educação vai trabalhar em cima do quadro de alunos com defasagem em idade e série escolar. Pois muitos abandonaram ou perderam de ano repetidas vezes, e agora a secretaria pretende reverter esse quadro. "Em 98, o índice de alunos com defasagem escolar era de 39%, em 1999 o índice caiu para 29%, no ano passado ele caiu para 16%", informou Auxiliadora.
"Estamos adotando programas que venham corrigir isso de forma consistente, tanto que esse ano o prefeito Arnaldo Vianna e a secretaria de educação irão lançar o programa "a gente se encontra nas férias". Onde os alunos do 5º e do 6º ano de escolaridade em defasagem idade/série e de conteúdos serão assistidos a partir da segunda semana de janeiro. Esse programa irá corrigir as dificuldades que eles apresentam com o objetivo de promovê-los", declarou a secretária.
Auxiliadora informou que esse programa irá funcionar em 18 pólos, com profissionais nas diferentes áreas e estarão trabalhando com os conteúdos utilizando diferentes linguagens como música, dança, etc. Para que as dificuldades desses alunos sejam superadas e eles se integrem ao sistema educacional.
"A prefeitura municipal através da secretaria de Educação vem dando suporte através de vários programas aos professores para que os alunos tenham resultados positivos. Na construção de conhecimentos e zelando pela qualidade do ensino. A nossa preocupação não é com os dados estatísticos. Queremos que os índices diminuam e possamos colocar os jovens com qualidade para competir com o mercado. Mas as escolas e a secretaria precisam estar atentas com olhar diagnóstico para que as dificuldades encontradas no dia-a-dia possam ser vencidas com uma política de qualidade", declarou Maria Auxiliadora.
A secretaria de educação informou que em 1997, havia 17.800 alunos matriculados na rede municipal de ensino. "Hoje nós temos 37.000 alunos matriculados nas 155 escolas municipais, isso graças ao programa "Nenhuma criança fora da escola", que foi lançado pelo prefeito Arnaldo Vianna em 98, e através desse programa foram construídas novas escolas, e ampliadas mais de 100 salas de aula, com o objetivo de atender as crianças e os jovens que estavam fora das escolas", disse.
"O programa ainda continua sendo desenvolvido pelo governo e a secretaria de educação já encaminhou a secretaria de planejamento toda a nossa demanda. Agora a secretaria de planejamento já está fazendo o levantamento e os projetos para as reformas, ampliações e construções de novas unidades escolares", declarou.
A secretária informou que "nesse ano, das 14.000 vagas oferecidas na rede municipal de ensino, iremos abrir mais 2.500 vagas novas. Todas elas oriundas de salas que estão sendo construídas, além daquelas que foram ampliadas e das três novas escolas que serão inauguradas. As escolas municipais, Professora Eunicia Ferreira da Silva, em Santa Rosa. a escola Etelvira Martins Medeiros, em Beira do Taí, e a escola Tarsilio Siqueira Cordeiro, no Km 13, em Travessão.


Expectativa de aumento no número de empregos no comércio
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto arquivo
Data: 04.12.01

Com a chegada do período natalino a expectativa na contratação de mão de obra, no comércio é muito grande, principalmente pelas 1.100 lojas comerciais espalhadas por todo o município, e que geram emprego para 22.000 comerciários. Nesse período, os comerciantes acabam contratando, mesmo que temporariamente, diversas pessoas para atender a demanda do atendimento, e dando uma oportunidade para aqueles que estão desempregados ganharem uma esperança e a expectativa de serem contratados definitivamente.
Em algumas lojas da cidade, para se ter uma idéia, há funcionários que ainda estão em seu primeiro emprego, a mais de 35 anos. É o caso por exemplo do presidente do sindicato dos empregados no comércio de Campos, Jorge Rocha Filho, que é funcionário da Drogaria Isalvo Lima há 37 anos.
Mesmo assim, Jorge Rocha não vê motivos para comemorações, pelo fato de não haver indústrias no município, os comerciantes estão contratando e demitindo a todo o vapor. Mas ele ainda espera pelo dia 8 de dezembro para ter uma avaliação de como anda a situação.
"No período de janeiro a dezembro de 2000, foram demitidos 791 comerciários. Nesse ano, de janeiro até o dia 3 de dezembro já foram demitidos 654 pessoas. Isso mostra que houve contratações no período, mas ainda é muito cedo para se fazer um prognóstico. As empresas continuam demitindo e ficam anunciando que irão admitir e contratar mais pessoas", declarou o presidente.
Ele acredita que muitos comerciários que foram demitidos estão na rotatividade, ou seja, já podem estar trabalhando em outro lugar. "Quando os empresários soltarem o 13º salário, principalmente para os comerciários, as vendas serão incrementadas, pois são 22.000 comerciários, que se estiverem com dinheiro no bolso irão utilizar esse dinheiro para comprarem", explicou Jorge Rocha.


Racionamento de energia prejudica as empresas sazonais
Rep: Paulo de Almeida Ourives - s/foto
Data: 05.12.01

Às vésperas do verão as empresas sazonais começam a ficar preocupadas, tudo porque o governo federal ainda mantém o racionamento de energia, e as concessionárias de energia elétrica não abrem mão de rever as quotas de energia dos consumidores. A empresa N. Silva, fabricante dos picolés São João da Barra, corre o risco de fechar as portas, porque a Cerj fez a média do consumo de energia no inverno, e multou a empresa em quase R$500, no último mês porque a empresa ultrapassou a meta de energia. Na fábrica de gelo, Gelito Glacial, o empresário Bóris Bogacin, chegou a construir uma câmara especial para estocar peixes, e teve um prejuízo de R$ 150 mil, porque não pode utilizar o equipamento.
Fábrica de picolé -
Uma das marcas mais conhecidas em Campos e nas praias do vizinho município de São João da Barra. O picolé São João da Barra, fabricado pela empresa N. Silva Ltda. corre o risco de deixar os seus clientes com água na boca. A fábrica recebeu da Cerj uma multa de R$ 500, no último mês, por ter ultrapassado a meta de racionamento. O gerente do depósito, Grivaldo Gomes da Silva, informou que a Cerj fez a média entre os meses de maio e julho, ou seja, em pleno inverno.
"Não há como diminuir e manter a meta de racionamento imposta pelo governo nesse período, justamente agora que estamos as vésperas do verão e a nossa produção tende a aumentar. Para se ter uma idéia no inverno nós conseguimos vender 540 picolés por dia. Agora no verão, em dias de pico a nossa média é de mais de 5.000 picolés vendidos por dia. Então não há como manter o mesmo consumo de energia, cuja média foi feita no inverno", explicou Grivaldo.
"Infelizmente corremos o risco de levar outra multa, mas pretendemos recorrer e procurarmos uma entidade para nos defender e negociar essa meta imposta pelo governo. Tudo bem, que precisamos economizar energia, mas só que fizeram a média no inverno e agora está chegando o verão e o nosso consumo tende a aumentar", disse o gerente.
Ele informou que nos meses de inverno quando a produção bem menor a fábrica gastou entre 1.000 e 2.000 quilowats hora. No verão o consumo chega a ser de mais de 7.000 quilowats hora. E foi na Cerj para negociar um aumento da quota de energia para a empresa.
Fábrica de gelo -
O empresário Bóris Bogacin informou que foi obrigado a deixar de atender a metade dos seus clientes por causa dos limites de energia elétrica impostos pela Cerj. Ele está trabalhando no limite e é obrigado a ligar e desligar as câmaras frigoríficas de dois em dois dias para ficar dentro da meta de racionamento estipulado pelo governo federal.
"Já pedi quatro vezes para fazer a revisão, pois quando eles fizeram o cálculo da média dos gastos de energia da minha empresa, nós estávamos no inverno, quando o consumo é mais baixo. Nós temos períodos de pico que é agora no verão e no inverno o nosso consumo é mais baixo, mas eles alegaram que a nossa produção não é sazonal, e não concederam a revisão das quotas de energia", declarou Bóris.
Ele explicou que vai continuar desligando as máquinas normalmente. Por dois dias as máquinas ficam ligadas para fazer estoque de gelo e no outro dia, ele é obrigado a desligar mas não possui dados precisos sobre o tempo em que as câmaras frigoríficas ficam desligadas.
"Fiz quatro tentativas de rever as quotas, eles tomaram como base o consumo de energia nos meses de maio, junho e julho desse ano, só que foi num período de baixa produção e ainda tiraram 15% da média dos 3 meses. No período de pico, nós gastamos mais de 70.000 quilowats hora. Hoje só podemos gastar 21.000 quilowats hora, ainda mantenho os funcionários, estou com três caminhões parados e eles (Cerj) negaram a revisão", informou Bóris.
O empresário mostrou uma portaria da Anael que dá condições e tratamento especial as empresas sazonais, como é o caso da Gelito Glacial, mas a Cerj interpretou equivocadamente o artigo 2º da Resolução número 20 de 26 de junho de 2001, da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica que diz o seguinte: "...São entendidas como unidades consumidores com características sazonais aquelas que possuam variações acentuadas de produção ou safra em períodos cíclicos anuais e apresentem relação entre a soma dos quatro menores consumos mensais e a soma dos quatro maiores consumos mensais, verificados no período de 12 meses, menor ou igual a 40%...".
Segundo o empresário, quem redigiu o texto acima, equivocou-se redondamente, e onde há a palavra menor deveria estar escrita maior. "Nós estamos sendo prejudicados porque no texto deste artigo, há a expressão menor, quando deveria estar a escrito maior. Ora se a empresa é sazonal a concessionária deveria ter discernimento de compreender que o próprio governo errou, porque inicialmente a média foi feita no inverno e agora no verão a tendência do nosso consumo é aumentar, portanto eles deveriam rever essa situação e rever os gastos com o consumo do verão, para então fazer a média sobre o pico de energia e não pela baixa de consumo", explicou Bóris.
"A mais de 18 anos que os técnicos falam que há necessidade de aumentar a produção de energia, e agora o governo federal diz que foi pego de surpreso. É brincadeira. Neste país quem quer produzir e trabalhar acaba sendo penalizado", desabafou o empresário.


Telefones celulares
Rep: Paulo de Almeida Ourives - s/foto
Data: 05.12.01

A velha máxima de que o brasileiro deixa para tudo a última hora dessa vez não funcionou. Quando a Anatel autorizou a mudança do código de Discagem Direta à Distância, DDD, de 24 para 22, nas regiões norte, noroeste, serrana e lagos, os campistas correram para as lojas da ATL e Telefônica para providenciar a mudança em tempo hábil, gerando enormes filas nos primeiros dias de mudança. Agora, duas semanas depois, as lojas já começam a ter o seu movimento normalizado.
Na VDL Telefonia, responsável pelos telefones da ATL, a empresária Lilian Zurá, informou que já foram feitas mudanças de DDD em 16.400 aparelhos celulares. Só na loja da rua 13 de Maio foram realizados 13.100 atendimentos, o restante ficou dividido entre as outras lojas.
"As pessoas que não conseguiram mudar o código em seus aparelhos celulares, não serão multadas, mas a ATL não irá garantir o mesmo número do aparelho. Portanto os consumidores poderão vir a ter outro número de linha celular. O prazo foi encerrado no dia 1º de dezembro, como ainda havia um grande número de pessoas que precisavam fazer a mudança, o prazo foi estendido para 8 de dezembro, mas a alguns dias que não temos filas em nossas lojas", declarou a empresária.
Já nas agências da Telefônica Celular espalhadas pela cidade, os gerentes não quiseram se pronunciar. Em uma loja no edifício Renato Pontes Barreto, a funcionária alegou que sómente a assessora de imprensa da empresa, Anícia Ribas, teria maiores detalhes, mas a assessora além de trabalhar na sede da empresa no Rio de Janeiro, não foi encontrada para divulgar a quantidade de atendimentos realizados pelas lojas da empresa em Campos.


Oceanair suspende vôos para o Rio
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Wilson
Data: 06.12.01

Instalada a pouco mais de dois meses no aeroporto Bartolomeu Lysandro, a empresa Oceanair irá suspender temporáriamente os seus vôos com destino ao Rio de Janeiro. A empresa operava com dois vôos diários para o Rio de Janeiro, o primeiro era às 7 horas e o segundo às 14 horas e 15 minutos, e todos os vôos tinham escalas em Macaé.
O gerente regional da empresa, José Cláudio Peres Barros Barreto, explicou que inicialmente a empresa fretava os aviões da Rio-Sul, mas com a compra de duas aeronaves da própria Rio-Sul, a empresa voltará a operar normalmente em fevereiro com estes aviões ostentando a bandeira da empresa. A suspensão dos vôos ocorrerá na segunda-feira, dia 10 e o retorno dos serviços ocorrerá em fevereiro do ano que vem.
"Foi uma fase experimental, em Campos, como não havia clientes em número suficiente para atender a nossa expectativa e só dispomos de uma aeronave, resolvemos então suspender temporáriamente os vôos de Campos para o Rio de Janeiro. Mas isso será por pouco tempo, em fevereiro iremos voltar a operar e inclusive fazendo vôos diários para Vitória e São Mateus, fazendo a rota do petróleo e unindo o turismo com o petróleo", declarou Jorge Luís.
Ele informou que as duas aeronaves já foram adquiridas e no início de janeiro do ano que vem, uma das aeronaves estará pronta para operar com a nova pintura, e a outra somente em meados do mesmo mês. Devido ao grande fluxo de passageiros em Macaé com destino ao Rio de Janeiro e São Paulo, a empresa continuará operando esses vôos normalmente.
Já a empresa Rio-Sul continua operando normalmente com vôos entre Campos e Rio de Janeiro, às 10 horas e 30 minutos, e 21 horas e 20 minutos, de segunda à sexta-feira. Aos sábados não há vôos para a capital do estado, mas no domingo há somente um vôo saindo de Campos, às 21 horas e 20 minutos.



Ceasa
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Wilson
Data: 08.12.01

Apesar das 16 toneladas de frutas e das 14 toneladas de legumes, esse volume representa apenas 35 a 40% do volume geral de vendas na Ceasa. A informação foi dada pelo gerente comercial da União de Associações de Produtores Rurais do município de Campos dos Goytacazes, Unaprucam, Laurício Soares da Silva. Ele informou que o restante dos produtos é adquirido na Ceasa do Rio de Janeiro, e o restante vem de outros municípios como por exemplo os entrepostos comerciais de Itaperuna e Nova Friburgo.
Laurício lamentou a falta de incentivos por parte dos governos federal, estadual e municipal que não dão condições para que o produtor possa irrigar, e tenha um acompanhamento técnico da única empresa que presta este tipo de serviço em Campos, a Emater. Enquanto o governo estadual está incentivando os fruticultores, os olericultores não possuem nenhum projeto de financiamento para irrigação e incentivo a produção.
"A nossa região é média produtora de alimentos, mas uma das dificuldades do produtor é a seca e a falta de incentivos dos governos federal, estadual e municipal. Para que a nossa região possa produzir mais, há necessidade de incentivos na irrigação e na melhoria do assessoramento técnico por parte da Emater, que é a única empresa que faz isso na região e possui um número muito reduzido de funcionários para atender ao grande número de produtores da região", informou Laurício.
"O programa "Frutificar" está sobrecarregando aos funcionários da Emater, que infelizmente não está dando a melhor assistência para os produtores. Apesar do programa "Nossa Merenda" estimular o produtor a produzir alimentos, os agricultores não tem tido nenhum financiamento para a produção. Tanto que nós da Unaprucam estamos incentivando aos nossos produtores a produzir alimentos que não possuem na região, principalmente da olericultura, como o tomate, a cenoura, o repolho, a abobrinha verde, o pimentão e a beterraba só para citar alguns", disse.
Laurício informou que "já está em entendimentos com o presidente da Associação Mista de Produtores Rurais de Brejo Grande, Taylor Vicente Barros Pereira, que inclusive se propôs para o próximo ano bancar os gastos com irrigação e compra de defensivos agrícolas para as lavouras. E quando os produtores começarem a colher o que plantaram, ele (Taylor) irá receber o empréstimo com produtos e vai descontar parceladamente os investimentos que a Associação que ele preside fez. Nós da Unaprucam, iremos vender e repassar para a associação deles o que foi vendido. É isso que o governo deveria fazer".
Ele informou que "o programa "Nossa Merenda", tem o objetivo de incentivar os produtores a plantar. Os nossos produtores acabam plantando e o aipim daqui vai para a Ceasa do Rio de Janeiro, para então ser vendido em outros municípios como Nova Friburgo, e esse programa acaba funcionando como intercâmbio entre os municípios do Estado do Rio de Janeiro.
Secretário de Agricultura -
O secretário municipal de Agricultura, José Cláudio Barros Campos, reconheceu que o município não possui uma produção capaz de atender a demanda populacional da região. Ele explicou que hoje o percentual é de 50%, mas em anos anteriores o município chegou a importar muito mais. Preocupado com essa situação, ele esteve em contato com o prefeito Arnaldo Vianna e conseguiu uma autorização para aumentar a frota mecanizada para atender aos pequenos produtores e consolidar a diversificação de produtos na região.
"Atualmente a frota é composta por 8 tratores e o prefeito Arnaldo Vianna autorizou a compra de mais 10 tratores. Que irá viabilizar o aumento na colheita de produtos diversificados e diminuir a importação dos produtos que não temos na região", informou o secretário.
Ele disse que a redução da importação de alimentos aconteceu graças à iniciativa do prefeito com o projeto "O Pequeno Produz", que apóia os pequenos produtores e os incentiva a cultivar a terra e promover uma diversificação de produtos e criando alternativas de culturas. Pois a cultura da cana-de-açúcar é predominante em toda a região e os 10.000 produtores rurais, o que equivale a 80%, possuem áreas abaixo de 50 hectares, e isso os caracteriza como minifundiários.
"Na maioria das vezes os custos para a diversificação dos produtos é muito alta para o pequeno produtor, por isso a prefeitura implantou esse projeto. E graças ao projeto "O Pequeno Produz" que foi iniciado em 90, hoje já estamos trabalhando com uma área de 20.000 hectares, no município. Com isso foi possível reduzir a importação de produtos como a abóbora, o aipim e o quiabo, entre outras", esclareceu o secretário.


Caixa eletrônico do Itaú é depredado
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Wilson
Data: 07.12.01

Na manhã de ontem, um caixa eletrônico do Banco Itaú, localizado na frente da Rodoviária Roberto Silveira, foi depredado por um cliente. O diretor da Rodoviária, Adriano Freitas Monteiro, que estava chegando para mais um dia de trabalho prestou informações aos policiais militares que estiveram no local para o registrar o fato.
"Esse caixa está desativado a alguns dias, certamente algum cliente revoltado resolveu quebrar a porta que é de vidro para entrar, porque ela já apresentava problemas e muitas pessoas acabavam não conseguindo entrar, porque a leitora ótica que dá acesso ao sistema de abertura da porta não estava funcionando normalmente", declarou o diretor.

Pagamento de servidores causa confusão
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Wilson
Data: 13.12.01

Mais uma vez como ocorre há pelo menos 5 anos, os funcionários temporários e os cooperativados compareceram em massa a Rodoviária Roberto Silveira, para receber os seus salários de dezembro e o 13º salário. A Prefeitura programou para ontem e hoje, o pagamento dos servidores cujos nomes começam pelas letras A e L. Para receber o pagamento alguns servidores chegaram a dormir na Rodoviária para garantir um bom lugar, mas a grande quantidade de pessoas e a entrega de senhas para pessoas que estavam fora da fila, gerou revolta e confusão.
Mulheres grávidas, outras carregando filhos pequenos, homens idosos e jovens que guardavam um lugar na fila, enfim valia de tudo para receber o tão esperado salário de dezembro. Apesar do tempo nublado a temperatura estava quente o suficiente para acirrar os ânimos, isso sem contar na ansiedade do início do pagamento que foi efetuado por funcionários da Brink's, que mantinham o portão de ferro fechado e só autorizavam a entrada de poucos servidores para receberem os seus contra-cheques e o seu pagamento.
Carlos Augusto Souza Conceição, que trabalha na secretaria de Limpeza Pública, informou que chegou a zero e 30 minutos para garantir o melhor lugar, mas disse que outros colegas chegaram a dormir nas escadas da rodoviária. Laura Batista de Azevedo, disse que havia acabado de sair do Hospital Ferreira Machado no plantão das 7 horas, e estava atrás de Carlos Augusto, indagada como ele havia conseguido aquele lugar, ela contou que o filho de Carlos Augusto trabalha com ela no Ferreira Machado.
Após o início da confusão, a Guarda Civil Municipal fez um cordão de isolamento para organizar e evitar que o tumulto se generalizasse. Apesar da confusão, o guarda Elianilton disse que as mulheres grávidas e os idosos estavam tendo prioridade no atendimento. A fila era quilométrica, descia as escadas que dão acesso ao Centro de Trabalho e Renda e o Procon, seguiam em direção a rua Saldanha Marinho, contornavam a rodoviária e às 9 horas e 20 minutos, o último da fila, Antônio Carlos, estava sobre a plataforma 11, quase chegando na rua Siqueira Campos.
"Sou o último até agora, e creio que levarei umas 7 horas para chegar lá em cima, na boca do caixa", foi o que declarou Antônio Carlos, o último da fila. Ele contou que trabalha no Peti mas o chefe liberou para receber o pagamento. Contradições a parte, Luiza Helena de Souza de Oliveira, que trabalha na secretaria de Saúde, chegou a dizer que o pagamento na rodoviária é feito desde 97, mesma época que os funcionários foram cooperativados.
Revoltada com a triste situação, de não ter recebido a senha, estava Ana Maria. "Cheguei aqui por volta das 5 horas, e os guardas municipais passaram dando a senha, mas para quem estava fora da fila. É um absurdo, pois já recebi um pagamento no banco e agora fui obrigada a vir aqui, enfrentar essa enorme fila para receber o outro pagamento, porque não pagaram no banco?", reclamou.
"Gostaria de sugerir a secretária de Administração, Cláudia Salgado e ao nosso prefeito Arnaldo Vianna, que dividam esse pagamento por letras em outros locais, como o Cesec e até o Hospital de Guarús, porque só nesse pedaço aqui, estou vendo muita gente que mora em Guarus. Se o pagamento for dividido por outros locais não haverá mais esse tumulto", foi o que sugeriu o presidente da Associação Campista de Compositores, Francisquinho Caldas, que estava atrás de Ana Maria.


Acidente na 356 mata garoto
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Wilson
Data: 13.12.01

Uma infeliz decisão, sair do banco onde estava sentado com mais dois colegas, para sentar sozinho num tronco ao lado do banco, vitimou Paulo Vinícius da Conceição, de 12 anos. No momento em que tomou essa decisão, o motorista do Ford Pampa, branco, placa MQH 5840, de Muqui, Espírito Santo, perdeu o controle do veículo, atirou uma barra de concreto amarela, marca do gasoduto do lugar, atropelou Paulo Vinícius e foi colidir violentamente contra uma árvore, jogando Paulo Vinicíus e um outro garoto, que estava na carroceria do carro para cima. "Este é o retrato do Brasil, tiraram o quebra-molas e agora pagamos o preço de ver as pessoas morrerem atropeladas, declarou o pai do garoto, Carlos Benício.
"Vi quando o Paulo estava sentado no banquinho com mais dois garotos, ele resolveu sair do banco para sentar no tronco quando o carro em alta velocidade jogou ele para cima", declarou a menor Márcia Alves de Souza, de 12 anos, que ainda estava em estado de choque.
"Eu conhecia o Paulo desde pequeno, era um garoto muito bom e educado. Havia acabado de almoçar e estava sentado no banco com mais dois garotos como era o costume deles. Infelizmente tiraram um quebra-mola, deixaram um a quase 100 metros daqui, mas quem vem de Campos não respeita o limite de velocidade e trafega em alta velocidade. Se as autoridades colocassem um redutor de velocidade, eles iriam respeitar mais", declarou João Costa dos Santos, que também reside no Parque Aldeia.
O menor que residia na rua João Damasceno, 3, no Parque Aldeia, morreu na hora. O impacto do atropelamento foi tão violento que o seu cérebro foi atirado a poucos metros do local em duas partes. O pai do garoto, Carlos Benício, de 33 anos, esteve no local para fazer o reconhecimento da vítima e também ficou transtornado quando um soldado do Corpo de Bombeiros levantou o plástico para que ele fizesse o reconhecimento cadavérico.
Muitas pessoas estiveram presentes para ver o desenrolar e a retirada do corpo do menino, e todos eles foram enfáticos em dizer que aquele local é estritamente perigoso e não há nenhum redutor ou quebra-mola para garantir a integridade física dos moradores do Parque Aldeia. Tanto que, João Costa, chegou a afirmar que nos últimos seis meses ocorreram muitos outros acidentes, inclusive com vítimas fatais.
O veículo trafegava de Campos para Itaperuna, quando por volta das 11 horas e 15 minutos atropelou Paulo Vinícius. No carro foram encontrados os documentos de Ancelmo Guedes Morais.
Informações desencontradas deram conta que no veículo havia um casal e um garoto, mas no Hospital Ferreira Machado, a informação é de que duas crianças e um adulto estavam feridos. No carro foram encontrados os documentos de Ancelmo Guedes Morais.


Fila nos Bancos
Rep: Paulo de Almeida Ourives – sem foto
Data: 14.12.01

O campista tem levado uma média de 48 minutos para ser atendido nos bancos da cidade, o que contraria a lei municipal 66/97, do vereador Nélson Nahim. Enquanto alguns clientes se mantinham receosos em dar declarações outros aproveitaram para reclamar que já chegaram a ficar 3 horas na fila. Enquanto os clientes da Caixa Econômica Federal se dão ao luxo de esperarem 48 minutos sentados, os clientes do Bradesco acabam sofrendo com a espera, pois não há o mínimo conforto e são obrigados a ficarem em pé, com dor nos calcanhares.
No Bradesco, o cliente Haroldo Pereira do Nascimento reclamou do atendimento, da burocracia, da falta de caixas para atender ao grande número de clientes, e das conversas entre os próprios caixas, o que ocasiona mais demora no atendimento. "Esse é um dos piores bancos da cidade, numa segunda-feira cheguei a ficar 3 horas na fila, cheguei aqui às 11 horas e 45 minutos e saí às 15 horas e 25 minutos. O atendimento é péssimo e essa burocracia do pré-atendimento acaba atrapalhando. Outro dia, fui obrigado a esperar para ser atendido pelo funcionário que estava calculando alguns valores para outras pessoas, quando eu só queria fazer um depósito", disse.
Na tarde de sexta-feira havia uma boa quantidade de clientes, na fila dos não clientes, às 14 horas, 40 pessoas aguardavam o atendimento nos caixas. Em uma fila especial, cerca de 26 idosos esperavam para serem atendidos por apenas um caixa. Em dois balcões de atendimento para entrega e bloqueio de cheques cada fila tinha pelo menos 12 a 14 pessoas em média, para apenas um atendente em cada balcão. Além disso, para que os clientes não tenham a menor noção do tempo, o único relógio da agência está localizado em cima da porta dos elevadores, e os clientes devido a localização das filas não tem a menor condição de visualizar e marcar o tempo que esperam nas filas.
Sem que a estudante soubesse, a reportagem cronometrou o tempo que ela levou na fila. Nesse meio tempo a reportagem procurou a gerência do banco que não quis se pronunciar. Cismada com a presença do repórter, ao final de 48 minutos ela ficou admirada com a revelação do tempo que levou para ficar na fila.Fernanda entrou na fila às 13 horas e 59 minutos e saiu da boca do caixa às 14 horas e 47 minutos. Apesar do tempo ela chegou a ficar dois minutos na boca do caixa, porque a atendente ainda estava atendendo outra pessoa.
"Toda vez que venho ao Bradesco, é essa demora, outro dia cheguei a levar mais de uma hora, sou cliente, tenho todos os boletos bancários, hoje vim pagar a faculdade e uma assinatura de revista, sei que fiquei um bom tempo, mas como sempre a demora é muito grande, não percebi o tempo que gastei", declarou Fernanda dos Santos Siqueira, admirada com a ousadia da reportagem do jornal por tê-la usado como cobaia.
Depois do longo tempo no Bradesco, a reportagem foi até a agência da Caixa Econômica Federal. O atendimento bancário para os clientes que querem fazer depósitos e sacar ou receber dinheiro fica no segundo andar. Lá a reportagem pediu uma senha, e o atendente entregou a de número 917, às 14 horas e 52 minutos. O equipamento usado para chamar os clientes ainda estava no número 840.
O representante comercial, Luciano Oliveira Aguiar, disse que já estava no banco a 10 minutos. Receptivo com a ousadia do repórter, disse que levava em média 30 minutos. "Já estou acostumado a ficar pelo menos 30 minutos, ainda bem que aqui na Caixa, esperamos sentados. Já no Banco do Brasil, cheguei a levar duas horas para ser atendido, mas os funcionários alegaram que o sistema do banco estava caindo a toda hora", informou.
Na Caixa os clientes esperavam sentados para serem atendidos. Havia cinco caixas para atender aos clientes e um outro caixa para atender exclusivamente aos idosos e gestantes. A relação de clientes e número de funcionários na Caixa era bem melhor do que no Bradesco, onde havia 3 caixas para 40 pessoas. Na Caixa havia 5 funcionários para cerca de 30 pessoas.
"Infelizmente os bancos estão demitindo muitos funcionários e nós que somos clientes acabamos sofrendo com esse péssimo atendimento. Acho um absurdo ter que pagar ao banco e não ser bem atendido, eles exigem que os clientes façam depósitos vultosos (acima de R$ 10 mil), e quando precisamos de um empréstimo de R$ 1 mil, eles acabam exigindo mundos e fundos. Sei que existe uma lei municipal, mas não vejo ninguém em Campos cumprir essa lei, quem irá fiscalizar?", declarou Luciano.
“Uma vez no Banco do Brasil, eles estavam fazendo uma reforma e havia uma fila enorme de clientes do lado de fora. O pessoas do sindicato dos bancários apareceu, eles colocaram uma grande quantidade de caixas para atender aos clientes mas quando o pessoal do sindicato foi embora, os gerentes do Banco do Brasil, retiraram todos os caixas que haviam colocado, e teve gente que saiu do banco após às 19 horas”, relatou José Batista, que estava aguardando para ser atendido na Caixa.
A gerente da Caixa Econômica Federal, ao saber que a reportagem do Jornal ACIDADE tinha ficado 48 minutos na fila esperando para ser atendido, disse que não poderia dar nenhuma declaração e pediu que o repórter fosse até o 10º andar do mesmo prédio, para falar com a Gerente de Marketing, Regina Lúcia, que não quis atender a reportagem alegando que o Superintendente havia acabado de chegar de uma viagem e sairia para outra viagem, e pediu que a reportagem entrasse em contato pelo telefone na outra semana.


Guardas
Rep: Paulo de Almeida Ourives
Data: 17.12.01
Curso
Cerca de 100 guardas civis municipais iniciarão hoje um curso com duração de quatro meses que visa a formação e preparação para trabalhar como guardas civis. Entre as 12 matérias que serão ministradas as mais importantes são relações humanas e prática operacional. A aula inaugural será hoje às 10 horas no auditório do Palácio da Cultura com palestra do prefeito Arnaldo Vianna. "Esse curso tem duração de quatro meses, três meses de teoria e um de prática. Após esse período os novos guardas estarão aptos a atuar na rua", informou o comandante da Guarda Civil Municipal, capitão Francisco Balbi.
Guardas Armados
"Sobre a situação do armamento para os guardas civis municipais nós estamos aguardando o retorno da Secretaria de Segurança Pública do Estado para aproveitarmos o know-how do Estado para treinarmos os guardas aqui em Campos, evitando o deslocamento deles para o Rio de Janeiro", declarou o capitão Balbi.
Ele informou que "de acordo com a resolução 492/2001 que faculta as guardas civis municipais a portarem arma de fogo em serviço, determina também a preparação técnica e psicológica para a concessão do porte de arma, sendo que a parte técnica tem que ser atestada por um instrutor de tiro da Polícia Militar ou da Polícia Civil".
A Guarda Municipal recebeu 150 armas todas elas de porte (calibre 38), e o comandante informou que somente em janeiro do ano que vem é que será feito o trabalho de preparação. "A situação do homem armado é mais psicológica. O fato dele andar armado não dá segurança objetiva, porque ele não utiliza a arma como instrumento de trabalho, como um jornalista e sua caneta, ou um médico com seu bisturi. O revólver é apenas um instrumento de coação psicológica que irá transmitir a idéia de impor a ordem através da força armada", disse o comandante.
Ele explicou que "os guardas passarão a se sentir mais seguros e confiantes e terão condições de conter uma reação armada. Não se pode compara-lo com um soldado que é treinado para matar em combate. O policial é treinado para dar segurança e preservar a vida. A arma é apenas um objeto de coação psicológica, sendo que o policial ou guarda municipal, um operador social, um homem encarregado de fazer cumprir a lei e o porte da arma vem como instrumento de coação psicológica".
Farol e ambulantes
Com as festas natalinas e a chegada do verão, a guarda civil municipal irá intensificar o número de efetivos na praia do Farol, principalmente em dias de shows. O comandante Balbi, já está concluindo um projeto que define os eventos na praia em classes A, B ou C, cada um deles com uma previsão de número de pessoas.
Em eventos de classe A, onde ele espera um público acima de 150 mil pessoas haverá a presença de 100 guardas civis municipais. Nos eventos de classe B, cujo público gire em torno de 51 até 150 mil pessoas, haverá 60 guardas. Já nos eventos de classe C, em que ele espera um público abaixo de 50 mil pessoas, ele já destacou 30 guardas municipais.
Além dos eventos haverá 16 guardas na Coordenadoria do Trânsito e 25 fiscais de Posturas que irão coordenar o trabalho dos ambulantes no Farol. Ele lembrou que a partir dos dia 20 de dezembro os ambulantes já podem ocupar os espaços na praça de alimentação e na praça de artesanato, e quem não ocupar os espaços até o dia 31, ficarão impossibilitados de trabalhar no verão.
"Os fiscais irão distribuir os espaços na praça de alimentação e na praça de artesanato por ordem de chegada e inscrição. Serão 59 ambulantes na praça de alimentação e 84 na praça de artesanato. Vale lembrar que existe uma fila de espera de 43 ambulantes só para a praça de alimentação", informou Balbi.
O comando da Guarda Civil Municipal exigiu dos ambulantes que além de terem feito o cadastro e inscrição na Divisão de Posturas no período que se encerrou em 30 de novembro, demonstraram interesse em trabalhar como ambulantes. "Não haverá mais reuniões, e já estamos entregando os crachás e a autorização para o requerimento de energia elétrica para os ambulantes que irão trabalhar no Farol", disse. Balbi declarou que quem não compareceu no período de inscrição será impedido de trabalhar.
Quanto ao esquema de segurança no Centro da cidade, Balbi informou que a rotina continua a mesma, e desde meados de novembro que 16 guardas civis municipais estão trabalhando conjuntamente com os policiais do 8º Batalhão de Polícia Militar. Já na Divisão de Posturas, o centro continuará com 3 fiscais e haverá mais três fiscais nas imediações do Mercado Municipal, na rua Formosa.


Suzuki
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Wilson
Data: 19.12.01

O último lançamento da Suzuki, o utilitário XL7, já chegou a Campos. O modelo 2002 vem com motor V6, em 2.7 e 24 válvulas e motorização toda de alumínio, ele é considerado como o utilitário mais seguro. O carro possui tração nas 4 rodas e vem com câmbio nas versões automática e mecânica, além de 2 anos de garantia, sem limite de quilometragem.
O XL7 possui câmbio automático com overdrive, freios ABS independentes nas 4 rodas que o torna um carro extremamente seguro e seu consumo médio é de 10.8 e 10.9 litros por quilômetro. Além do seu preço ser competitivo em relação aos outros carros do mesmo tipo. Após o uso o seu preço de revenda é maior do que os concorrentes da categoria.
Como opcionais de série ele vem com direção, vidros, travas e retrovisores elétricos, ar condicionado, alarme à distância, rodas de liga leve e ainda vem com CD player. Todos os sete bancos são reclináveis, os vidros são climatizados em verde ou degradê, e para maior segurança os carros da linha vêm com ABS air-bag duplo.
Ele vem nas cores prata ou dourada e são a gasolina. Além dele todos os carros da linha Grand Vitara e Jimminy podem ser usados tanto na cidade como no campo.
O XL7 e os demais carros da Suzuki você encontra na Rallye Suzuki Veículos Ltda, a concessionária Suzuki do norte e noroeste fluminense. A Rallye está localizada na avenida 28 de Março, 1128, em Campos e o seu telefone é xx-22-2734-1000, o email da concessionária é rallyesuzuki@.censanet.com.br.

Passagens de ônibus
Rep: Paulo de Almeida Ourives – foto Juarez
Data: 23.12.01

A venda de passagens para as praias Farol de São Tomé, Grussaí, Atafona e as do litoral de São Francisco de Itabapoana foram fracos na manhã de ontem. Os despachantes da empresa Campostur e São Joaquim — que atendem respectivamente as linhas de São João da Barra e São Francisco — atribuíram a pouca procura ao fato do horário de funcionamento do comércio, que ontem funcionou até as 22h. A grande aposta no movimento é para a virada de ano, quando geralmente as pessoas procuram as praias para assistir as festas de Iemanjá e queima de fogos.
“Como o comércio está aberto a procura por passagens para as praias está pequena, mesmo assim já estamos com carros extra de hora em hora e hoje 25, os veículos sairão de meia em meia hora”, disse o despachante da Campostur, Paulo Roberto Nascimento Vieira. “A grande procura será nos dias 30 e 31, porque o povo prefere passar a virada de ano na praia, dependendo do movimento e da procura das passagens, teremos carros à noite toda”, informou o despachante.
Já o despachante da empresa São Joaquim, Marco Aurélio Camacho da Silva, alegou que a baixa procura por passagens se deve também à concorrência das vans e das topics. “O transporte alternativo está acabando com as empresas de ônibus. A fiscalização só vem em cima da gente. Enquanto isso as vans e topics não pagam seguro e outros impostos e nós ainda somos obrigados a conceder o transporte gratuito para os idosos e para as crianças”, reclamou Marco Aurélio. Na região apenas as linhas entre Campos e Farol de São Tomes estão legalizadas para os transporte alternativo. Mas para circular as vans precisam dispor de concessão da Emut e estar vinculadas as cooperativas. Já as linhas entre Campos, São João da Barra e São Francisco, as vans operam na ilegalidade.
Para atender a demanda na virada de ano, ele informou que dependendo da procura a empresa poderá esticar o horário de saída dos ônibus da Rodoviária Roberto Silveira, para atender a todos os passageiros.








Comércio no domingo
Rep: Paulo de Almeida Ourives – foto Juarez
Data: 23.12.01

A abertura do comércio no último domingo animou os lojistas de Campos. As lojas do centro e os supermercados ficaram cheios durante o dia. Alguns comerciantes já admitem que este será o melhor Natal dos últimos anos. A maioria dos clientes preferiu optar por vendas à vista do que as a prazo, fugindo assim dos juros das financeiras.
Leonardo Henrique Fraga, gerente de uma loja no Cento, achou até que o movimento não seria tão bom num dia de domingo com sol, mas a grande procura superou todas as expectativas. “A loja funcionou das 9 até as 21 horas e os clientes preferiram fazer suas compras à vista, tanto que quase não tivemos vendas no cheque ou no crediário. Acredito que como os preços à vista são mais atrativos as pessoas estão evitando os juros”, explicou.
Mesmo com uma promoção para 30, 60 e 90 dias nas compras com cheque, os clientes preferiram fazer suas compras à vista. “Neste mês de dezembro as vendas foram ótimas, mas no domingo foram apenas boas, mesmo assim esse Natal superou todas as nossas expectativas”, declarou a gerente de uma outra loja, Nelina Ribeiro.
Ela informou que a loja foi inaugurada em março desse ano e possui outras oito filiais em Vitória. “Uma coisa que me impressionou em Campos é a fidelidade dos clientes. Por outro lado fomos a primeira loja em Campos a trabalhar com a financeira Dacasa e muitos clientes preferiram parcelar as suas compras com essa financeira do que com a Losango. Hoje em dia o povo não quer mais pagar juros e muitos preferem as compras à vista”, disse a gerente.
Misticismo - Neste novo século as pessoas estão procurando tudo o que se relaciona ao misticismo, principalmente na aquisição de incensos e velas, com o objetivo de afastar os problemas e até encontrar um novo amor. Enfim vale de tudo para passar um Natal em paz e afastar os maus espíritos, um dos camelôs da Praça São Salvador, informou que tem vendido muito incenso, velas e com o lançamento do último filme da Xuxa, sobre o mundo mágico dos duendes algumas pessoas também estão comprando bruxas e anjos.
O camelô Sebastião Luís Carvalho, conhecido como Júnior, disse que “o incenso é um dos produtos mais procurados pelas pessoas, pois ele tem o poder de purificar o ambiente, quebrar feitiços e trazer boa sorte. Alguns são próprios para acalmar as pessoas e há até um incenso chamado de “Dama da Noite”, para atrair a atenção do sexo oposto. Todos os incensos também possuem aromas como o manjericão e a hortelã”, explicou Júnior.
Enquanto o incenso é vendido a R$ 1 na banca há até abajures esotéricos, fabricados pelos detentos do Presídio Dalton Castro que custam R$ 35. As velas são encontradas de diversos tipos e tamanhos e custam desde R$ 3 até R$ 25. Muitas delas são compradas para enfeitar e há diversos formatos como pirâmide, frutas, mel, luminárias e até perfumadas. “Cada vela tem um significado e vem nos mesmos aromas do incenso”, disse o camelô.
Apesar das vendas, o camelô estava revoltado com a nova situação. É que com a sua transferência da porta da agência dos Correios para a Praça São Salvador, além dele ser obrigado a cobrir a sua barraca para se proteger da chuva, ele alegou que naquele local há pouco movimento de pessoas e isso tem refletido na queda das vendas.
“As vendas caíram porque eu trabalhava na frente dos Correios há 8 anos, onde o movimento é muito maior por causa da marquise da agência dos Correios. Só que nos mandaram sair de lá para este local aqui na Praça, mas deixaram aquela deficiente lá. Agora nós estamos brigando com a fiscalização porque a deficiente agora está vendendo os mesmos produtos que nós e lá ela só tem autorização para vender canetas e envelopes”, declarou Júnior.
“O mais incrível é que ela não saiu de lá porque alegou que foi o prefeito quem deu autorização para ela ficar, mas o que ninguém sabe é que ela possui uma barraca aqui na Praça, isso sem falar que ela já vendeu relógios, bolsas, bijuterias e agora está vendendo os mesmos produtos que eu vendo”, denunciou Júnior.





Árvore do Trianon – (matéria para o Natal)
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Juarez
Data: 14.12.01
Obs: na foto aparece o José Anísio.

É Natal, e as pessoas nessa época costumam se preocupar com várias coisas, é a ceia, a compra dos presentes, o presépio, os enfeites para a porta das casas e principalmente nas árvores. Assim como no filme Edward Mãos de Tesoura, estrelado pelo ator Johnny Deep, que com suas mãos de tesoura apara as árvores com vários formatos, como cachorros e até dinossauros. Aqui em Campos, no Departamento de Praças e Jardins, Amaro Tavares Batista e José Anísio Silva dos Santos, podam as oito árvores que estão localizadas na Fundação Trianon, entre elas as da espécie fícus, que são próprias para esse tipo de ornamentação. Enquanto Amaro já está na prefeitura a 15 anos, José Anísio informou que está trabalhando a apenas três anos. Ambos informaram que somente com o tempo é que se adquire a experiência para podar as árvores e dar o formato desejado. “Esse tipo de árvore propicia diversos formatos, mas as árvores só podem ser podadas quando estão no tamanho adequado, ou seja, acima de dois metros e meio. Para trabalhar nesse tipo de serviço fiz um curso de jardinagem, com duração de três meses. E podo as árvores em diversos formatos como capacete, laranja, copo de sorvete e essa mini árvore de Natal,” explicou Amaro. Apesar da beleza e das inúmeras variações de formato, o fícus como é conhecido requer alguns cuidados. O diretor do Departamento de Planejamento Ambiental, da Secretaria de Meio Ambiente, Carlos Ronald Macabu Areas, explicou que a árvore possui várias espécies desse gênero, algumas são brasileiras e outras são indianas. No Jardim São Benedito, há uma espécie do tipo nativa mas a maioria é do tipo exótica, conhecida como fícus benjamina, já a espécie brasileira é conhecida como fícus retusa. “Todas tem uma característica comum, uma copa densa e são muito utilizadas em praças, onde se faz podas, por isso elas são conhecidas como podas topiárias, e aceitam vários formatos. Uma outra característica é o sistema radicular, com predominância de raízes superficiais e adventícias (aéreas), que descem em direção ao solo. Essa característica é que a torna incompatível para locais com presença de construções, como calçadas, muros, residências e edificações em geral”, explicou Ronald. Ele informou que com o grande volume de raízes, a fícus irá provocar rachaduras nas construções. Tanto que a secretaria de Meio Ambiente recomenda que a população não plante ou transplante essas árvores no passeio público, restringindo o seu uso para locais amplos. “A ficus, dependendo da espécie e do porte pode atingir de 8 a 15 metros. É importante que as pessoas saibam que essa árvore faz com que suas raízes se desenvolvam e a população não pode plantar esse tipo de árvore em calçadas, ou perto dos muros das residências, para não causar prejuízos futuros”, explicou o diretor. Carlos Ronald informou que as árvores que foram plantadas entre 5 e 10 anos atrás, já estão causando danos as residências. Mas que na Fundação Trianon, o planejamento urbanístico foi feito pelo departamento de Praças e Jardins, mas por ser um local amplo e com os funcionários mantendo a poda, elas permanecerão compatíveis com o local. “Numa praça a tendência é de se usar uma grande árvore para dar sombra, já em um jardim, como por exemplo, o da Fundação Trianon, a fícus está apenas ornamentando e realçando a beleza estrutural do prédio”, explicou Ronald. Ele informou que a poda é feita uma vez por ano e que no Jardim São Benedito, existem umas 15 espécies da fícus, e na Fundação Trianon há 8 espécies dessa árvore. O diretor lembrou que além da fícus, outras espécies de árvores, como a cipreste, muito comum nos Estados Unidos, e o pinheiro, também são árvores ornamentais, mas que requerem o mesmo tipo de cuidado. “Para quem gosta de ornamentar uma árvore, o fícus e o pinheiro são característicos de grandes áreas, e as pessoas não devem transplantar essas árvores após o Natal. Além disso, outras árvores também ficam bonitas quando bem ornamentadas, como o pé de romã”, finalizou o diretor.


Telemar é campeã de reclamações
Rep: Paulo de Almeida Ourives – foto (Wilson)
Data: 26.12.01

Um golpe perfeito tem causado inúmeros prejuízos ao comerciante Silvio Higino Neto. Cansado de esperar pela reinstalação de uma linha telefônica o comerciante recebeu uma carta da Telemar cobrando os débitos relativos aos meses de março a setembro de 2000, uma dívida que totaliza R$ 408,76. Na carta a empresa campeã de reclamações convida o comerciante a pagar a tal dívida com o desconto de 60% ao preço de R$ 163,47. Ou seja, a Telemar está abrindo mão de 60% do valor de uma dívida que o comerciante nunca fez.
“Eu tinha feito um pedido de linha telefônica num plano de expansão quando a empresa ainda era a Telerj. No dia 31 de janeiro de 2000, um funcionário de uma prestadora de serviços da Telemar esteve em minha loja e veio instalar uma linha telefônica. Eu estranhei que ele usou mais de 120 metros de fio quando a caixa estava apenas a 3 metros da loja. Me cobrou R$ 35, pelo aparelho, assinei a requisição de instalação, o telefone estava funcionando e ele foi embora”, explicou Silvio.
“No dia 12 de fevereiro veio um outro funcionário da mesma empresa e retirou o aparelho alegando que eles haviam instalado o telefone em local errado. Até hoje estou esperando por uma linha, perdi R$ 35, e agora me veio essa carta, pedindo para que eu pague R$ 163,47”, denunciou o comerciante.
Silvio ficou sabendo que a empresa que fazia serviços para a Telemar teve o contrato de prestação de serviço encerrado diante das inúmeras trapalhadas que os funcionários faziam. “Na carta a Telemar pede para entrar em contato com a empresa pelo número 0800-26-30653, mas quando eu ligo a informação que me dão é para ligar para o número 104, que nunca atende”.
Na manhã de ontem, dos 20 consumidores que foram ao Procon, 18 deles foram reclamar das irregularidades cometidas pela Telemar. Entre eles os consumidores, Mônica de Fátima Teixeira dos Santos, Joelma Nunes de Oliveira Marques e João Amaro Pereira dos Santos, todos eles perderam as suas linhas, pois a empresa insistia em cobrar dívidas inexistentes e nunca atendeu as reivindicações dos consumidores para negociar.
O diretor do Procon, Franklin Cherene explicou que há diversos fatores para explicar a falta de critérios e o excesso de erros cometidos pela empresa. “A terceirização dos serviços, a substituição do trabalho humano por máquinas de auto-atendimento e a meta a ser cobrada diante do decreto presidencial 25/92 de maio/98, que a obriga a instalar os telefones até o dia 31 de dezembro, estão fazendo com que eles corram para fazer as instalações, mas sem terem nenhum critério causando a insatisfação geral no Estado do Rio e talvez em alguns estados onde eles atuam”, informou Franklin.
O Procon em Campos já atendeu 11.358 pessoas que entraram em litígio contra a empresa de telefonia. Dessa quantidade foram dadas 7.200 informações por telefone e a média mensal de reclamações pessoais é de 550. Foram abertas 703 investigações preliminares, 619 processos já foram resolvidos em audiência, 84 processos já foram encaminhados para o Juizado Especial Civil e o Procon já resolveu 3.455 processos.
Todas as reclamações são por falta de informações adequadas, demora nas instalações telefônicas, excesso de pulsos, ligações desconhecidas e retirada de linha por inadimplência. Por outro lado o Procon tem atuado com rigor e já instaurou 92 processos, aplicou 52 multas, está aguardando 33 decisões judiciais e já aplicou um total de R$ 390 mil por falta de contrato.
“Os números mostram que no Rio de Janeiro houve um total de 6.959 reclamações. Aqui em Campos houve 6.600 reclamações, se fizermos um comparativo entre a população das duas cidades e o número de reclamações, vamos observar que houve mais reclamações em Campos e na região norte do que no Rio de Janeiro”, disse Franklin.
O fechamento da loja em Campos, a ida da diretoria regional da empresa para o Rio de Janeiro e a colocação dos serviços de internet e do telefone 104 para que o consumidor possa fazer a sua reclamação ou solicitação de 2ª via, mostra que a empresa está em contenção de despesas e todas essas mudanças dificultam ainda mais a vida dos consumidores.
“O Procon de Campos não está parado, entramos com inquérito civil público no Ministério Público de Campos contra a Telemar. Estamos acompanhando as melhorias que a Telemar prometeu fazer, na instalação de 800 troncos para melhorar o atendimento aos usuários. Denunciamos a empresa a Anatel, abrimos um processo no Ministério Público que está em andamento e em fase de recurso, porque a empresa fechou a sua loja de atendimento ao público em Campos”, informou.
“De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o cliente da empresa que pagou por um serviço que ainda não foi prestado tem todo o direito a restituição em dobro. Já o crédito em serviços depende da autorização do consumidor e só pode ser dado se ele quiser”, explicou Franklin Cherene.
Sobre a última liminar, o Procon ainda não tem a menor noção de quantos consumidores serão beneficiados, mas essa decisão judicial só favorece aos consumidores de Campos. Franklin Cherene irá entrar em contato com os Procons de outras capitais abrangidas pela Telemar para saber se eles estão cientes da enorme quantidade de reclamações contra a empresa que está ocorrendo em Campos.


Iemanjá
Rep: Paulo de Almeida Ourives – foto Wilson
Data: 26.12.01

Depois das boas vendas no comércio varejista no período natalino, agora é a vez dos comerciantes das floras medicinais tirarem o pé do lodo. Tudo porque no próximo dia 31 véspera da entrada de Ano Novo, muitas pessoas prometem manter a tradição e procurarem as praias da região para prestarem homenagem à Iemanjá, a deusa das Águas. Para agradar vale de tudo, desde perfumes, pentes, sabonetes perfumados, flores e até champanhe. Além disso, a procura por roupas brancas, amarelas e até vermelhas tem sido muito grande, mas algumas pessoas já se anteciparam e fizeram as compras de roupas antes do Natal evitando assim o corre-corre de última hora.
No Mercado Municipal, o comerciante Antônio Carlos da Flora Vovó Tereza, disse que o pique vendas começa esta semana, quando a procura por produtos para Iemanjá cresce. Há diversos produtos como este jogo com perfume, sabonete, rouge (pó), espelho e pente ao preço de R$ 3. A dois anos que mantemos esse preço e as vendas são grandes. Mas desde antes do Natal as pessoas já se anteciparam e compraram os produtos”.
Carlinhos como é conhecido tem esperança que esse ano as vendas sejam melhores do que no ano passado. Sobre os diversos produtos que também são comprados ele informou que as pessoas compram velas azuis, porque é a cor dela, e cada uma custa R$ 0,20 e o pacote está custando R$ 0,70. Os barcos que também são comprados para levarem os presentes para Iemanjá podem ser encontrados ao preço de R$ 5,50 até R$ 12. A champanhe, bebida preferida de Iemanjá, é encontrada ao preço de R$ 2,80. E muitas pessoas ainda compram flores como palmas e rosas, que são as flores preferidas. “Normalmente as pessoas fazem esse tipo de oferenda para agradecer uma promessa ou para que o ano seja de paz, saúde, felicidade, tranqüilidade e o encontro de um novo amor”.
Box
Nas floriculturas da cidade localizadas na avenida Alberto Torres, os proprietários das quatro floriculturas não foram encontrados. Apesar disso, a funcionária da floricultura Império das Flores, informou que as rosas podem ser encontradas de R$ 1 até R$ 15 (o buquê comum), ou R$ 20 o buquê para presente. As palmas, outra das flores preferidas por Iemanjá, são encontradas ao preço de R$ 7 e R$ 8 a dúzia e a unidade está custando R$ 1.
A funcionária disse que, “como as praias estão muito longe da cidade os ambulantes aproveitam para vender flores em caminhões nas praias no dia 31 por isso a procura por flores está fraca. Antigamente vendíamos muitas flores na véspera do ano novo, mas do ano passado para cá não tem havido procura e não temos esperanças de grandes vendas”, declarou a funcionária.
Roupas brancas – Já é tradição, na virada do ano as pessoas procuram usar roupas brancas pedindo paz, saúde e tranqüilidade. Mesmo assim, há algumas pessoas que também procuram vestir roupas de outras cores como o amarelo para atrair dinheiro, e até vermelho, para atrair novos amores. Uma das poucas lojas especializadas em roupas brancas em Campos, a Mifrey Confecções, na rua Conselheiro Otaviano, a vendedora Mara Galdino, já havia mudado os manequins da loja, trajando-os com blusas amarelas e calças brancas.
“Antes do Natal as pessoas já estavam comprando as roupas brancas para o reveillon, e hoje (ontem), a procura por roupas brancas já começou. A procura é muito grande, porque nós estamos em uma área médica com clínicas e um hospital próximo, além disso, as pessoas também estão pechinchando e procurando economizar um pouco”, declarou Mara.
Na Mifrey as consumidoras podem encontrar diversos tipos de calças, cujos preços variam de R$ 20 a R$ 30. As blusas de malha são encontradas ao preço de R$ 6 a R$ 15, e as blusas de linha ao preço de R$ 9 até R$ 40. Para os homens há calças ao preço de R$ 22 até R$ 40. As camisas custam desde R$ 10 até R$ 30. E para quem quiser algo mais leve e prático há camisetas masculinas com ótimos preços, de R$ 6 a R$ 12.
“Por enquanto as vendas estão no mesmo patamar do ano passado, e na verdade as pessoas deixam para comprar tudo na última hora. Os consumidores também tem procurado roupas de outras cores como o amarelo e o vermelho”, informou Mara.



30 casas destruídas em Rio Preto
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Wilson
Data: 28.12.01

Uma nuvem negra e a forte chuva que desabaram ontem à tarde em Morangaba, desabrigaram 30 famílias, que viram todos os seus pertences sendo destruídos pela água. A população de três mil habitantes está sem água potável, alimentação, energia elétrica, comunicação e remédios, para atender as necessidades de emergência. No início da tarde de ontem a informação que chegava era a de que a localidade de Sabiá, também estava isolada.
O único meio de comunicação era um aparelho de rádio, da Rádio Litoral FM, que conseguiu contato com a emissora em Campos e esta entrou em contato com as diversas autoridades envolvidas no problema. Os rádio amadores da cidade de Macaé entraram em contato com a emissora e se cotizaram de ajudar no que fosse preciso para ajudar.
O secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, Zacarias de Albuquerque, esteve ontem pela manhã na localidade para averiguar a situação das famílias que tiveram as suas casas destruídas. Além daquelas que correm sério risco de desabamento, caso as chuvas voltem a cair na mesma intensidade da última quinta-feira à tarde.
"Graças a Deus, não houve vítimas fatais. Já consegui entrar em contato com o gabinete do Prefeito Arnaldo Vianna e a prefeitura já está mobilizada e trazendo todos os recursos que dispomos para atender aos desabrigados", declarou o secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, Zacarias de Albuquerque. Ele informou que as outras secretarias que fazem parte do grupo de atendimento também foram acionadas como as secretarias de Saúde, Promoção Social, Obras e Limpeza Pública.
"A Cerj já foi acionada e desligou a energia elétrica para recompor a fiação que está no chão, pois os postes cairam. O coronel da Defesa Civil Municipal, Lourenço Marques, recebeu um comunicado do Corpo de Bombeiros as 2 horas de ontem informando o estado gravíssimo da localidade, mas ele não conseguiu chegar até aqui. A situação não é de calamidade pública, mas apenas de socorro", explicou Zacarias.
Os vereadores Alcyones Cordeiro Borges e Dante Lucas, estiveram acompanhando e providenciando os primeiros socorros as famílias desabrigadas e a parte da população que indiretamente acabou sofrendo as consequências da chuva. E estiveram em contato com o gabinete do prefeito Arnaldo Vianna, para comunicar o que estava ocorrendo. A secretária de Promoção Social, Jane Nunes foi acionada e no início da tarde de ontem, um caminhão basculhante levou diversos colchonetes para atender as pessoas desabrigadas.
O engenheiro Sérgio Uébe Mansur e a gerente Maria José Porto, da secretaria de Planejamento, também estiveram no local e começaram a coordenar os trabalhos iniciais de atendimento e as providências quanto a conseguir um local seguro, para servir de posto de da Secretaria de Promoção Social com o objetivo de atender aos moradores do local.
O tenente do 5º Grupamento de Bombeiros Militar, Joaquim Silva, conseguiu chegar ao distrito e como representante da Defesa Civil Estadual em Campos, colocou-se à disposição da comunidade para tudo o que fosse necessário, salientando que só entraria em ação após a ação da Coordenadoria de Defesa Civil Municipal solicitar um complemento de ajuda aos desabrigados.
O vereador Alcyones Cordeiro Borges, que reside na localidade esteve atento a todas as reivindicações dos moradores entre elas, a necessidade da construção em caráter de urgência das 50 casas populares, para abrigar as pessoas. "Já fiz um projeto que foi aprovado pela Câmara Municipal para a construção de 50 casas populares e agora espero que o Prefeito Arnaldo Vianna viabilize em caráter de urgência o início da construção delas para abrigar essas 30 famílias que estão desabrigadas", disse.
"As pessoas perderam tudo, portanto há muitas coisas que são prioridade, como a construção das casas, além de alimentos, remédios e água potável. Por outro lado temos que providenciar móveis, roupas e documentos para essas pessoas", declarou Alcyones.
"A chuva começou por volta das 16 horas e aos poucos a correnteza que era muito forte foi aumentando e ficou mais alto do que a minha casa, então eu resolvi retirar a minha mulher e meus dois filhos e acabei perdendo tudo, móveis, documentos e a casa", declarou Válter Rosa Honorato, 41, que morava a 13 anos na localidade. Junto com ele moravam 6 pessoas que agora estão desabrigadas. "Foi tudo muito rápido, em 40 minutos perdi tudo" disse Válter que trabalha como motorista de ambulância da Prefeitura e ainda não havia feito o pedido de uma casa à Prefeitura.
A comerciante Florípides da Gama Fagundes, 65, dona da pensão Ki-Sabor, não quis sair da casa e quase foi arrastada pela correnteza. "A chuva era muito forte, e o nível da água era muito alto, acredito que se não fosse o pequeno muro da minha pensão, eu também estaria desabrigada. A água chegou até a altura do meu peito, não queria abandonar a minha casa de jeito nenhum até que alguém me pegou pela cintura e me arrastou para fora de casa", declarou a comerciante. Ela ainda informou que entrou água e lama em todos os móveis e quase morreu ontem pela manhã, pois um pedaço da varanda cedeu.
Alguns desabrigados foram levados para a Escola Estadual Notival Pedro Moll, cuja diretora Anadil Alípio, abriu as portas da escola e ainda preparou a alimentação para as pessoas que foram até a escola. Ela informou que além da escola, as Igrejas Presbiteriana e Assembléia de Deus e a Creche Municipal Rio Preto, abrigaram as pessoas que tiveram as suas casas destruídas pela enorme correnteza. A diretora da Creche Escola Rio Preto, Regina de Fátima Barreto, também colocou a creche e os alimentos à disposição dos desabrigados.
A dona de casa, Silvana Helena Matias, 28, grávida e mãe de três filhos, teve a casa destruída, ela contou que essa foi a primeira vez que viu uma chuva tão forte em sua vida. "Não tenho nem o que falar, perdi tudo e agora só tenho é que esperar a ajuda da Prefeitura. A água começou a entrar em casa, eu estava tentando levantar tudo pois moro sozinho com os meus filhos, como o nível da água estava subindo muito, resolvi pegar os meus filhos e abandonar a casa", declarou Silvana junto com os filhos, Luan, Lucas e Douglas.
Se por um lado alguns moradores estavam desabrigados por outro lado algumas pessoas em um gesto de solidariedade foram para as ruas para ajudar aos que mais necessitavam, como Virgínia Cordeiro Borges, 44, que informou que a casa de sua mãe, também foi atingida e foi totalmente destruída.
O analista de laboratório industrial da Usina Santa Cruz, Joelson Borges Cardoso, é quem salvou 17 pessoas, em meio a correnteza. "Quando vi a correnteza, resolvi amarrar três cordas uma na outra, num total de 15 a 20 metros de corda. Amarrei uma ponta da corda no meu corpo e outra numa árvore, e então fui atrás para salvar as pessoas que estavam dentro das casas por onde passou a correnteza", informou.
Uma pessoa chegou a informar que se chover novamente, dez pessoas correm sério risco de ficarem desabrigadas. "Não há água potável porque na maioria das casas há cacimbas", disse uma moradora.
Morangaba, 9º distrito de Campos fica a 40 quilômetros da cidade. Com uma população total de 5.000 habitantes, apenas 3.000 residem na sede do distrito. A rua da Balança ficou completamente destruída com as fortes correntezas que arrancaram os paralelepípedos e tombando os postes. Isso sem falar nas inúmeras quedas de barreiras ao longo da estrada que liga o distrito até a pedreira Itereré. O volume de água foi tanto que num determinado ponto da estrada, havia um lago com 18 quilômetros de extensão.



Empresas de ônibus e vans para as praias
Rep: Paulo de Almeida Ourives - sem foto
Data: 29.12.01

Enquanto houver passageiros querendo ir para as praias da região, as empresas de ônibus e as vans estarão atendendo a todos os passageiros. A procura por passagens de ônibus na Rodoviária Roberto Silveira, na manhã de ontem estava normal como nos outros dias do ano, mas todos foram enfáticos em afirmar que nas primeiras horas da noite de amanhã, a tendência é de uma grande procura por passagens para o Farol de São Tomé, Grussaí, Atafona, Guaxindiba, Gargaú e São Francisco do Itabapoana.
As empresas Progresso, Campostur e São Joaquim já estão operando com carros-extras. Todos os despachantes disseram que a medida em que houver um aumento de passageiros querendo ir para as praias, as empresas irão diminuir o intervalo entre os veículos para melhor atender aos clientes. Em dias normais os ônibus saem da Rodoviária em intervalos de 30 em 30 minutos. E amanhã após as 18 horas, esse intervalo pode cair para 15 minutos entre uma saída e outra.
Nos três pontos de passageiros de vans que ficam proximas do Mercado Municipal, os carros saem quando há 10 passageiros, como é o caso das vans ilegais que se destinam as praias do município de São Francisco de Itabapoana. Já as vans cooperativadas que trafegam com destino ao Farol de São Tomé, a procura é muito grande, tanto que enquanto a reportagem estava no ponto localizado em frente a antiga sede da Águas do Paraíba, dois veículos saíram completamente cheios (11 passageiros), com intervalo de 5 minutos.
Vans – Um motorista que não quis se identificar informou que as vans ilegais, cobram R$ 4, para São Francisco e saem de 20 a 30 minutos de intervalo, ou quando há 10 passageiros. “O movimento está melhorando e com as festas a tendência é aumentar a procura, e não precisaremos mais ir atrás dos clientes, pois eles já estão nos procurando”.
Já o motorista da Sprinter branca, placa KPC 8123, de Rio Bonito, Aldiney de Carvalho Maciel, informou que as passagens para São Francisco custam R$ 4. As saídas normais são de 30 em 30 minutos mas dependendo do movimento e da quantidade de passageiros, os intervalos podem cair de 15 em 15 minutos e até de 10 em 10 minutos. Ele disse que gasta uma hora para São Francisco e até uma hora e meia para Gargaú.
“O movimento está ótimo, as pessoas já estão nos procurando e amanhã como sempre começarei a trabalhar às 4 horas e 40 minutos e pretendo ir até as 23 horas. Como faço em todos os anos, irei passar o reveillon em São Francisco e já tenho os passageiros certos para essa última viagem, eles compram a champagne e quando vai chegando a hora, eles começam a comemoração dentro do carro. Os passageiros de vans são selecionados e não causam tumulto, não xingam, não viajam bêbados”, declarou Aldiney.
Aldiney aproveitou para informar que a estrada entre Travessão e São Francisco está horrível, tanto que ele chegou a gastar mais de R$ 500 na frente da Sprinter por causa dos remendos no asfalto. “O asfalto entre Travessão e São Francisco do Itabapoana está acabado, tanto que já gastei mais de R$ 500 para consertar o carro. Eles deveriam parar com esse negócio de fazer remendos, porque não há carro que agüente com um asfalto tão ruim”, desabafou.
Para o Farol de São Tomé, o responsável pelo controle de embarque de passageiros, Paulo César Pereira, informou que as vans saem com intervalos de 20 minutos. As passagens para o Farol custam R$ 3, e para o Xexé custam R$ 4, só que os motoristas ainda levam os passageiros até a porta das casas, o que não acontece com as empresas de ônibus. “Por enquanto o movimento está razoável, na segunda-feira quando a procura aumenta nós somos obrigados a organizar uma fila para embarque”, declarou Paulo César, enquanto agilizava o atendimento e ajudava uma passageira com a sua pesada bolsa.
Ele informou que enquanto houver passageiros querendo ir para o Farol amanhã, haverá carros disponíveis pois o objetivo é agradar aos clientes da melhor maneira possível. A passageira Esteliane Pereira Barbosa informou que reside no Farol, para vir ela vem de ônibus e para ir ela vai de van porque o motorista a deixa em casa. Na manhã de ontem o movimento de passageiros no ponto foi tão grande, que duas vans saíram no intervalo de cinco minutos.
Na Rodoviária Roberto Silveira, a Viação Progresso, considerou o movimento normal na manhã de ontem. Amanhã, quando houver uma procura por passagens para o Farol, a empresa irá colocar vários carros com saídas de 20 em 20 minutos pela manhã e de 15 em 15 minutos à tarde. A empresa já disponibilizou 11 horários com microônibus e dependendo do movimento poderá colocar mais veículos do mesmo porte.






Presidente da CDL, avalia as perspectivas econômicas da região
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto arquivo
Data: 31.12.01

Avaliando as perspectivas para o ano que ora se inicia, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Edvar Chagas, demonstra otimismo em relação a estabilidade econômica do país, em relação a crise que está acontecendo na Argentina, e no que aconteceu nos Estados Unidos. Edvar ressaltou também que os royalties são fundamentais para a infra-estrutura do crescimento do município.
"Acho que se o Brasil mantiver a firmeza sobre a economia, como foi demonstrado mais uma vez, quando o país teve que segurar as rédeas em meio a crise argentina e americana, isso demonstra que a economia brasileira está sendo bem conduzida. Em Campos, os royalties tem sido fundamentais para a infra-estrutura e o crescimento do município e a cidade se desenvolveu muito a partir dos royalties do petróleo", explicou Edvar.
Outro ponto importante destacado por Edvar foi sobre os investimentos que o governo do estado e a prefeitura pretendem lançar para alavancar a pecuária da região, isso sem falar na perspectiva que os usineiros terão com o projeto Rio-Cana. Mas para ele o mais importante foi a redução da taxa do Imposto Sobre Serviços, Iss, de 5% para 0,5%.
"Essa intenção do estado e do município em investir na pecuária da região será de vital importância. Agora com a possibilidade da prefeitura avalizar os empréstimos do Rio-Cana, os usineiros que atravessaram uma crise financeira sem precedentes em Campos encontrarão uma nova perspectiva na lavoura e Campos não pode ficar sem a participação da cana-de-açúcar na economia do município. A presença dos royalties, que dá suporte financeiro para a região e a construção do porto off-shore na região irá alavancar a economia da região e será muito importante, para a criação de novos empregos", disse.
Complementando o desenvolvimento em Campos, Edvar Chagas acredita que a redução na taxa de impostos do Iss de 5% para 0,5%, irá atrair novas empresas da área petrolífera e aumentará o índice de empregos diretos e indiretos, diminuindo assim o nível de desemprego, que é uma preocupação dos campistas de um modo geral.
"Um dos grandes passos foi a aprovação pela Câmara Municipal da redução do Iss de 5% para 0,5%. A Câmara aprovou um projeto do vereador Renato Barbosa, e parabenizo a Câmara por esse gesto de lucidez na redução do Iss para as empresas da área petrolífera que vierem a se instalar na cidade. Essa medida é um grande avanço e se torna atrativo para a instalação de novas empresas", informou Edvar.


Doação na CDL para os desabrigados
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Juarez
Data: 31.12.01

Em um apelo feito por Sérgio Uébe Mansur, da secretaria de planejamento, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL, Edvar Chagas, também encabeçou a campanha de doação de roupas e alimentos para as 30 famílias que ficaram desabrigadas em Morangaba. Desde sábado a população campista tem deixado sacolas e mais sacolas de alimentos e roupas que serão entregues na próxima quarta ou quinta-feira.
"O povo campista tem atendido as nossas reivindicações, principalmente neste gesto de solidariedade e humanidade, doando roupas e alimentos para os desabrigados de Morangaba (Rio Preto). Ainda não sei se iremos até a localidade entregar as sacolas ou se passaremos as doações para a Secretaria de Promoção Social, ainda iremos ver o que é mais prático", declarou o presidente da entidade, Edvar Chagas.
Na última quinta-feira, cerca de 30 famílias de Morangaba ficaram desabrigadas após uma tempestade ocorrida por volta das 16 horas, que destruiu 30 residências, deixando os desabrigados. A população da localidade também sofreu as conseqüências da forte chuva, ficando sem energia elétrica, sem água e sem remédios. O vereador Alcyones ?, informou que um projeto de sua autoria para a construção de 50 casas populares havia sido aprovado pela Câmara e aguardava apenas a autorização do prefeito Arnaldo Vianna, para o início da construção, o que foi confirmado no final da tarde de quinta-feira, e as obras para a construção das casas será feito imediatamente.




Enquete: O que as pessoas esperam de 2002.
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Juarez
Data: 31.12.01

Todas as pessoas entrevistadas foram enfáticas em afirmar que esperam muita saúde e paz para esse ano de 2002. Num ano conturbado como foi o de 2001, com o atentado de 11 de setembro, ao World Trade Center, a disputa pela terra entre Israel e Palestina e a disputa pela Cachemira, entre Índia e Paquistão a maioria dos grandes acidentes e assassinatos foram esquecidos.
Alguns crimes bárbaros que ocorreram na região, como o assassinato do vereador Carlos Abílio, em São Francisco do Itabapoana, e o atentado a Sérgio Bainha, foram outros crimes que chocaram a opinião pública ainda estão na memória do povo. Quase ao apagar das luzes, a tromba d'água que caiu em Morangaba (Rio Preto), que deixou 30 famílias desabrigadas, foi o principal assunto das conversas, pois enquanto a Prefeitura removia os moradores da favela da Aldeia e da Ilha do Cunha para as casas recentemente construídas, a chuva castigou a localidade de Morangaba, Deserto e Sabiá, quase na divisa com São Fidélis.
Romilton Bárbara - Empresário
"Primeiro eu espero muita saúde para todo o Brasil, segundo que o mundo está precisando muito de paz e que o nosso município e o prefeito Arnaldo Vianna continue trabalhando para o crescimento e desenvolvimento de Campos".
Orlandinho Santana - Jornaleiro
"Espero que 2002, traga muita saúde, muita paz e que o comércio recupere o poder de vendas".
Roberto Machado - Taxista da Igreja de São Salvador
"Espero que eu pare de beber, fumar e jogar, se tiver força para isso será o melhor para mim. Pois foi o que me atrapalhou esse ano".
Natacha Martins da Silva - vendedora da Colmax
"Espero muita paz, muita alegria, que todo mundo seja mais feliz e que haja mais dinheiro no bolso".
Dib's Hauaji - fotógrafo
"Espero continuar vivo para ver o progresso de Campos e a paz mundial. Tudo isso só será possível com Jesus no coração".
Crespo e Araújo - policiais militares
"Esperamos menos criminalidade e que as pessoas tenham mais consciência e vivam com mais harmonia junto ao próximo. E gostaria de terminar com uma frase do Mário Lago: "O dia que o homem perder a esperança, não haverá mais cores no arco-íris".
Humberto Azevedo - taxista da Praça São Salvador (foto)
"Espero muita paz, tranqüilidade, mais trabalho para nós e que não haja desemprego no país, pois isso leva a miséria e a fome".
Carlos Augusto - radialista
"Espero que o futebol da região seja mais forte, como a ascensão do Rio Branco. Estaremos esperando muito da nova diretoria do Goytacaz e que o Americano matenha a tradição do futebol de Campos no cenário nacional. Além disso, espero que os nossos governantes levem o país mais com mais seriedade".
Edilson Peixoto - Secretário de Obras
"Primeiro eu espero paz e fraternidade entre os homens e muitas realizações do governo Arnaldo Vianna, voltadas para o desenvolvimento e como a cada ano os trabalhos aumentam, espero mais trabalho que venha a atender aos anseios da comunidade. Se deixarmos a auto-estima do povo elevada como nesse ano que acabou, acredito que essa mesma auto-estima irá aumentar. Para o mundo espero que haja mais paz e fraternidade".
Zacarias Albuquerque - Secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil
"Primeiro lugar espero saúde e paz para o espírito. É tudo o que o ser humano precisa, mais paz de espírito. Pois as pessoas que tem paz de espírito conseguem ter a capacidade de resolver todos os problemas. Para a população espero que haja mais saúde, pois quando muda o ano, estamos renovando o nosso espírito".
Edvar Chagas - empresário e presidente do CDL
"Acho que 2002 reserva uma grande expectativa de otimismo tanto a nível de Campos como de Brasil. Acredito que 2002 entrará com uma forte perspectiva de crescimento econômico, pois as vendas no comércio estiveram 15% acima do mesmo período de 2000, e isso demonstra que o município de Cmapos atravessa uma fase muito boa".

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