terça-feira, 11 de setembro de 2007

Setembro - 2001


Comerciante é ameaçada de morte por menores
Rep: Paulo de Almeida Ourives – c/foto Juarez Fernandes
17.09.01

A comerciante Ianderci Monteiro de Carvalho denunciou ontem que foi ameaçada de morte pelos menores infratores que se instalaram no Parque Alberto Sampaio. “Na semana passada eu fui obrigada a manter o estabelecimento fechado, com medo de represálias destes pivetes. Eles têm praticado diversos assaltos a comerciantes e pedestres, nas imediações do parque e ainda debocham dos policiais e guardas municipais, dizendo que eles não podem tocá-los porque são menores”, afirmou.
Ianderci, de 41 anos, casada, residente na rua Dr. Luiz Sobral, 30, no Parque Tamandaré, atribui as ameaças ao fato de ter chamado a polícia para conter a ação dos menores. “Com o fechamento do quiosque, tive inúmeros prejuízos porque utilizo o ponto comercial para ajudar nas despesas familiares”, declarou.
A comerciante disse que conseguiu abrir o ponto em maio, com a ajuda do prefeito Arnaldo Vianna. A liberação para exploração do ponto foi publicada no Diário Oficial do Município. O ponto estava abandonado e servia de abrigo para os menores. Ela fez toda a reforma e gastou cerca de R$ 1.900.
“O maior problema é a ameaça dos menores que assustam os fregueses que param aqui para fazer um lanche. Eles causam pânico nas pessoas porque vivem pedindo salgados e dinheiro. Já mandei chamar a polícia, mas os menores são abusados e alegam que a polícia não pode fazer nada porque o Estatuto da Criança e do Adolescente os protege” acrescentou.
Segundo a comerciante, os menores já tentaram arrombar o quiosque por três vezes, mas não conseguiram porque as janelas são feitas de chapas de metal. “Eles já tentaram colocar fogo no quiosque por raiva”, denuncia. A comerciante já retirou a televisão do quiosque porque os menores queriam roubá-la. “Eu não tenho tido sossego e fico com medo de trabalhar porque não há segurança” disse.
Para se manter mais segura, ela deixa fechadas as janelas que ficam para o Parque Alberto Sampaio. “Já vi os menores andarem armados com navalhas, facas e até armas de fogo. Quando vou embora, não tenho mais a certeza de que quando voltar encontrarei o quiosque inteiro”.
A comerciante disse que gostaria de ficar com o estabelecimento aberto até mais tarde, colocando mesas e cadeiras. “Isso é impossível porque o local à noite é deserto e não há segurança. Já pedi providências às autoridades, como a reforma do Parque, com o objetivo de tirar os menores daqui o quanto antes”, explicou.
Na opinião da comerciante, a reforma do parque é necessária para dar um atrativo a mais para a cidade, com a colocação de playground para as crianças e guaritas para os guardas municipais, visando dar mais segurança às pessoas que passam pelo local. “O ponto está localizado no coração da cidade e as autoridades do município não fazem nada”, desabafou.

Informação: Logo que iniciei meus trabalhos no Jornal A Cidade, não tinha o costume de arquivar e guardar as matérias que havia feito para o citado jornal. Por isso, no mês de setembro, vocês só encontrarão essa aqui. Mas isso não quer dizer que tenha escrito apenas uma, é que ainda não tive oportunidade e tempo para pesquisar, copiar e digitar as matérias que fiz neste mês, no Palácio da Cultura, onde podem ser encontrados os exemplares do referido jornal.
Portanto, para as próximas semanas, quando tiver mais tempo estarei fazendo essa pesquisa, na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, e o resultado dela, estarei disponibilizando aqui neste espaço.
Atenciosamente,
Paulo de Almeida Ourives.


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