Piscinas e cisternões
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto arquivo (Edilson Peixoto)
Data: 02.01.02
A constante chuva que caiu na cidade nos últimos dias, provou que os piscinões e cisternões foram a melhor solução encontrada para resolver o problema dos alagamentos. O volume pluviométrico das chuvas dos últimos dias foi muito além do volume de chuvas do ano passado. E se as pessoas continuarem a jogar o lixo para os ralos, quando chover novamente as ruas ficarão alagadas e as bombas podem até não funcionar, porque o lixo pode danificar as bombas que tem o objetivo de sugar a água das chuvas para os cisternões.
"Muitas pessoas chegaram a duvidar do funcionamento dos piscinões mas não há condições de analisar se as bombas estão ou não trabalhando, porque enquanto as bombas estão sugando e jogando a água para os cisternões um outro volume igual ou superior está caindo. Só depois que a chuva passar é que as pessoas podem reparar que a água é bombeada e acaba o alagamento das ruas", declarou o Secretário de Obras, Edilson Peixoto.
O secretário de Obras, informou que a empresa responsável pela manutenção dos piscinões e cisternões é a Hidrolumen, e em cada galeria há uma equipe de 20 homens trabalhando na manutenção delas. Além disso há caminhões do tipo selver-jet e vac-all que também fazem a manutenção das galerias. Edilson informou que alguns piscinões sofreram alguns problemas mecânicos e elétricos como o do edifício Salete mas a prefeitura já está trabalhando para sanar todos os problemas e cercando os quadros que ligam as bombas.
As áreas mais críticas são as do parque Santa Helena, e das ruas Rocha Leão, Waltamar Pimentel (no Externato Brasil) e Edmundo Chagas (edifício Salete). Além dessas áreas a prefeitura construiu cisternões na avenida Nossa Senhora do Carmo, Humberto de Campos, Conselheiro José Fernandes esquina de Conselheiro Tomaz Coelho, Estandarte, Linha do Limão, rua Viveiros de Vasconcelos, Elói Ornelas e Joaquim Suma esquina de rua Prefeito Edgar Machado. Edilson ainda informou que já está em construção os cisternões de Lagoa das Pedras e Parque Guarus, no Brizolão.
"Um cisternão que deu problema nesse feriado foi a da rua Edmundo Chagas, próximo do Salete. Esse piscinão joga a água para a rede de águas pluviais da Saldanha Marinho mas como a galeria estava cheia, pela primeira vez ocorreu um problema que ainda não havíamos imaginado, o refluxo de água. Esse refluxo aconteceu porque a galeria da Saldanha Marinho já estava cheia e não deu vazão. E as bombas possuem um dispositivo de segurança que nós criamos, para que elas desliguem quando surgir algum problema. Agora iremos construir um piscinão atrás da Fundação Trianon que terá duas saídas, esse piscinão irá aliviar a rede da Saldanha Marinho e também jogará a água para a galeria da rua Tenente-Coronel Cardoso", explicou o secretário.
A cidade está numa área plana e a rede é feita com uma inclinação para que toda a água desça para os piscinões, que foram construídos em locais onde as chuvas normalmente alagavam as ruas. Nós calculamos o tamanho e o volume das águas e criamos os piscinões com uma capacidade 20% superior ao volume de águas que havia no local. As bombas sugam essa água e acabam jogando para a rede de galerias pluviais. Das galerias a água, dependendo do local, é jogada para os canais de Coqueiros e Campos-Macaé, e também para o rio Paraíba.
"Nós não fugimos e não negligenciamos os problemas e estamos aqui resolvendo todos os problemas causados pelo excessivo volume de águas das chuvas. Isso sem falar no acúmulo de lixo nos ralos que acaba causando o assoreamento e o represamento das águas nas galerias. Além das redes clandestinas de esgoto que também é um outro problema que estamos enfrentando", disse.
O secretário informou que a secretaria de Obras irá contratar uma firma especializada em desobstrução das galerias, pois o acúmulo de lixo acaba represando e fazendo o assoreamento dentro das galerias. Ele também já solicitou da empresa Águas do Paraíba, um projeto de rede de esgotos em áreas aonde não há esgoto. "Muito antes de pedirmos esse projeto, a empresa Águas do Paraíba já começou a resolver o problema de esgoto no IPS e no Jardim Carioca", informou.
"É preciso educarmos o povo para que ele não jogue o lixo nas galerias ou nas ruas, pois esse lixo causa uma série de transtornos como o da rua Menino Valtemir Machado, onde fomos construir uma galeria e alguns dias depois já havia muitas ligações de esgoto clandestinas. Então quando vem uma enxurrada como essa que tivemos, o lixo fica grudado nos canos e as pessoas reclamam do mau-cheiro do esgoto naquela rua. E quando fomos ver o problema, constatamos que era o lixo que estava grudado nos canos que são colocados de 15 a 20 centímetros para dentro das galerias, e acabam causando uma outra barreira em cima, além do assoreamento da areia e de outros tipos de lixo em baixo", alertou Edilson Peixoto.
Situação em Rio Preto
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Arquivo
Data: 02.01.02
Quase uma semana após a chuva que caiu em Morangaba deixando diversas famílias desabrigadas, a situação está sob controle. O prefeito Arnaldo Vianna chegou a decretar estado de calamidade pública porque as pessoas perderam tudo. A chuva que caiu por 5 horas no 9º distrito, foi o equivalente a oito meses de chuvas ininterruptas, conforme o volume pluviométrico do ano passado. As casas foram destruídas nos alicerces e muitos moradores disseram que jamais haviam visto um volume de água igual ao que caiu.
As secretarias de Promoção Social, Planejamento e Meio Ambiente e Defesa Civil, estão coordenando os trabalhos e já viram uma área que poderá ser desapropriada para a construção das 50 casas populares. Os números estavam desencontrados mas a informação da secretária de Promoção Social, Jane Nunes, é de que muitas famílias que foram desabrigadas, já estão na casa de parentes.
"Já estamos na fase de reconstrução e estamos monitorando toda a ajuda e administrando os problemas que vierem a acontecer. Uma equipe da secretaria foi para Morangaba para coordenar os trabalhos e ver quais as reais necessidades daquelas pessoas. Estamos recebendo donativos de roupas e alimentos, e as pessoas que quiserem fazer doações podem trazer até o CSU de Guarus, no Parquecentro ou na Câmara de Dirigentes Lojistas", disse a secretária.
Ela informou que apesar do feriado, a equipe continuou a trabalhar e por isso os trabalhos já estão bem adiantados. "Nós agora já estamos providenciando uma área para a construção das casas populares. Há uma área do Incra que necessitamos apenas que ela seja terraplenada, e nessa área iremos ganhar uns 20 dias. Além dessa área já estamos vendo uma outra área mas ela depende da desapropriação, e isso irá custar mais alguns dias, mas o prefeito Arnaldo Vianna, tem interesse que esse problema seja resolvido o mais rápido possível", declarou Jane.
"As famílias que foram desabrigadas podem ficar tranquilas, pois mesmo que as aulas sejam iniciadas em 15 de fevereiro, nós iremos levá-las para um galpão ou para uma igreja, até que o problema seja resolvido", declarou Jane Nunes diante da preocupação com a situação dos desabrigados, o início das aulas e a espera pela construção das casas populares.
A secretária informou que também está monitorando o nível do rio Paraíba, que subiu 1 metro e 10 centímetros e ontem pela manhã já estava em 8 metros e 40 centímetros. "Aqui não tivemos problema porque primeiro retiramos as pessoas que estavam em área de risco na hora certa, como o nível do rio subiu muito, iremos fazer a retirada de mais pessoas da favela da Aldeia, onde a água do rio já está chegando na porta das mesmas", concluiu.
Pardais eletrônicos começam a funcionar hoje
Rep: Paulo de Almeida Ourives – s/foto
Data: 03.01.02
Os pardais eletrônicos começam a funcionar a partir de hoje. Os veículos que forem flagrados parados nas faixas de pedestre serão multados e não haverá meios de tentar anular as multas. O objetivo dos pardais é o de conscientizar os motoristas a respeitarem as leis de trânsito, evitando os avanços de sinal e que uns poucos motoristas parem na faixa de pedestre. Nas principais ruas da cidade onde há um pardal eletrônico a Emut irá colocar sinalização para avisar aos motoristas da presença dos pardais.
O diretor da Emut, Ronaldo Linhares informou que “os pardais fazem parte do processo de humanização e educação no trânsito, com segurança. A fiscalização eletrônica é eficaz para educar os motoristas a respeitarem os limites de velocidade e para não colocar em risco a vida de terceiros”.
Ronaldo explicou que os pardais eletrônicos só irão multar aqueles que desrespeitarem as leis de trânsito. “Normalmente quem é multado vive esperneando, mas só é multado quem não respeita os limites e as leis de trânsito. Qualquer medida de educação é punitiva, o limite de velocidade não é exagerado e em todos os locais os pardais são bem sinalizados”, completou o diretor.
Sobre a construção de uma unidade hospitalar na esquina das ruas Lacerda Sobrinho com Saldanha Marinho, ele informou que não foi consultado sobre o assunto e já solicitou da secretaria de planejamento um estudo de urbanização da Praça da República para dar condições de estacionamento aos usuários do hospital.
“Infelizmente e lamentavelmente essa obra foi aprovada com base no Plano de Desenvolvimento Urbano de Campos, de 1980, do governo do ex-prefeito Sérgio Mendes. Hoje o novo plano de urbanização prevê uma contrapartida entre a área construída e a área para estacionamento. Sei que essa obra irá trazer um sério transtorno para o local, como foi a construção da Universidade Estácio de Sá, na avenida 28 de Março, onde o volume de carros na hora do rush e de motoristas que se dirigem para as suas residências causam um enorme engarrafamento”, explicou Ronaldo Linhares.
O diretor informou que tem trabalhado baseado no trinômio, uso do solo, mobilidade e trânsito, para que não cause transtornos a vida da cidade. “Brevemente iremos inaugurar o eixo viário do leste da cidade, na avenida Alberto Lamego, que irá expandir o trânsito da cidade”, finalizou.
Rio Paraíba abaixa
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Wilson
Data: 04.01.02
Ontem pela manhã cerca de 40 a 50 famílias que residiam na favela da Aldeia as margens do rio Paraíba, foram removidas. O rio Paraíba que já demonstrava uma diminuição em seu volume, caindo de 8 metros e 40 centímetros para 7 metros e noventa centímetros ontem pela manhã, deixou as equipes da Secretaria de Promoção Social e Defesa Civil mais tranquilas.
A medida que os moradores são retirados, uma retroescavadeira da prefeitura vai derrubando as casas para evitar que outras pessoas invadam a área de risco e causem mais transtornos para a secretaria de Promoção Social, Meio Ambiente e Defesa Civil. A chefe da divisão de assentamento rural e urbana da secretaria de Promoção Social, Cristiana Gomes esteve ontem pela manhã no conjunto habitacional da Aldeia coordenando os trabalhos de remoção.
"Foram removidas até agora 170 famílias, 150 da Aldeia e 20 da Coroa. Além deles ainda iremos fazer a remoção de 14 famílias do Fundão que virão para estas casas. Pretendemos terminar as remoções até terça-feira da próxima semana e acabar com o problema nas áreas de risco", declarou Cristina.
"Agora os moradores estão se sentindo muito mais seguros. A maioria está sem emprego e alguns que trabalham estão deixando de ir para o trabalho para aguardar as remoções e o atendimento da secretaria, pois estão com medo de não serem retirados e ficarem sem as casas", disse a coordenadora.
Uma das primeiras moradoras que foram removidas no dia 27 de dezembro último, a doméstica Regina Brito da Silva Oliveira, 49, informou que morava na Aldeia e gostou da mudança. "Eu morava com os meus filhos, Samuel, 17, e Ruth, 13, em um cômodo de 3 metros por 2 metros, que não cabia nada. Essa casa tem uma sala, dois quartos, um banheiro, uma pequena cozinha e um quintal e é muito espaçosa, confortável e segura", declarou.
Após a derrubada das casas que causavam riscos, alguns moradores aproveitaram para pegar os tijolos e construir por conta própria os muros entre as casas. Eles se anteciparam ao projeto de licitação e as obras de infra-estrutura que seriam feitas pela prefeitura para a colocação de muros entre as casas.
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Wilson
Data: 04.01.02
A oito meses na Casa da Cidadania, em Campos, "Joãozinho", como é chamado, só agora mostra expressões verbais e reações quando vê uma ou outra foto sobre um determinado assunto. Como a reportagem constatou ontem de manhã ao mostrar para ele a foto de Mário Sérgio Matheus, 39, desaparecido quando a plataforma P-36 afundou no ano passado. Ele chorou pela primeira vez em oito meses, demonstrando que conhecia o petroleiro e evitou ver a revista novamente, pois estava com expressões de profunda tristeza.
A coordenadora da instituição, Mônica Ribeiro Louro, contou que ele foi encontrado na Rodoviária Roberto Silveira, num dia de domingo (14 de maio de 2001), pelo irmão de um funcionário da instituição. Ela autorizou a entrada e a permanência do rapaz por saber da situação em que ele se encontrava, não emitia sons, não falava e é muito calmo. "Com a convivência aqui na Casa da Cidadania, ele foi se interessando e fez um esforço muito grande para voltar a falar. Hoje ele emite sons e mostra através de sinais que ele já andou de avião, lancha, jet-ski e helicóptero, além de mostrar com veemência uma foto de um piloto de helicóptero", disse.
"A assistente social fez uma avaliação neurológica, o tempo passou mas não conseguimos descobrir nada sobre a família e ninguém deu queixa do desaparecimento dele. Já levamos ele para a Apoe, passamos pelo Hospital Ferreira Machado e ele mostrou que já esteve no Hospital, tomando soro. Tanto que quando o encontramos ele tinha na jaqueta um adesivo com a inscrição paciente", informou Mônica.
Dentro dos próximos dias, "Joãozinho" será levado para o Rio de Janeiro onde fará um exame de ressonância magnética e uma tomografia para avaliar se ele realmente sofreu algum acidente, pois ele mostra duas cicatrizes, uma na testa e outra na perna direita. No dia em que ele deu entrada na Casa da Cidadania ele tinha uma foto de um aeroporto, onde se via um avião Bandeirantes, de prefixo PT-DIC, e através do prefixo do avião, a funcionária Joelma esteve no aeroporto Bartolomeu Lysandro e descobriu o paradeiro do avião, que foi vendido para os Estados Unidos, e ele pertencia a um empresário ligado ao Banco Econômico, cuja sede era na Bahia.
"Ele demonstra claramente que perdeu os documentos em um avião, fala nos pais e em mais cinco irmãos. Possui um metro e setenta e cinco centímetros, tem olhos castanhos claros, e uma dificuldade de andar, por um problema na bacia", relatou Mônica.
A reportagem do jornal A CIDADE, verificou que nessa mesma época no ano passado, o acidente mais grave e de repercussão nacional foi o acidente na bacia de Campos, da plataforma P-36. Após conseguir uma revista do Sindipetro, com uma foto dos desaparecidos, "Joãozinho" teve uma reação de choque e chorou muito ao ver a foto de Mário Sérgio Matheus, desaparecido junto com outros companheiros da Petrobrás. O que leva a crer que ele possui algum grau de parentesco ou de amizade com o Matheus.
O presidente do Sindipetro, Fernando Carvalho, esteve na Casa da Cidadania com outro petroleiro e descartou a hipótese de ser a mesma pessoa, mas ficou impressionado com as reações emocionais de Joãozinho ao ver a revista, a foto do Matheus, da viúva, Rita de Cássia e da diretora do sindicato, Luiza Botelho.
"Realmente a semelhança do rosto é muito grande, mas não há a menor possibilidade de ser o Matheus, pois ele era muito mais alto. Além disso tecnicamente todos os petroleiros que desapareceram com a plataforma que afundou não conseguiriam sobreviver a pressão exercida pelos 2.000 metros de profundidade e todos os corpos foram despedaçados, porque algumas testemunhas disseram na época que viram pedaços de corpos em todas as partes da plataforma", concluiu Fernando.
O presidente ainda entrou em contato com a assistente social do sindicato, que tomou a responsabilidade de entrar em contato com familiares de Matheus para saber da real possibilidade do Joãozinho ser um parente ou um amigo muito próximo do petroleiro. "Ainda não perdemos as esperanças mas creio que esse passo foi muito importante e podemos estar perto de encontrar os familiares do Joãozinho. Quem souber de alguma coisa sobre ele, pode entrar em contato conosco pelo telefone (22) 2733-4307, ou vir até a Casa da Cidadania na rua Bezamath, 166, que iremos agradecer a todo o tipo de ajuda", concluiu Mônica.
Tartarugas Marinhas no Farol
Rep: Paulo de Almeida Ourives - s/foto
Data: 05.01.02
Mais 100 filhotes de tartarugas-marinhas da espécie caretta-caretta serão soltas na manhã de hoje, no Farol de São Tomé, a partir das 10 horas. O evento faz parte das atividades do projeto Tamar-Ibama na região. A inauguração da exposição será na Aldeia do Sol e irá contar com moldes em resina das 5 espécies de tartaruga-marinha que vivem no litoral brasileiro.
"Haverá também um tanque com 30 filhotes de tartarugas e outras informações sobre a biologia básica dos animais, além das atividades do projeto na bacia de Campos. A espécie mais comum no nosso litoral é a tartaruga caretta-caretta, conhecida popularmente como cabeçuda", declarou o coordenador do projeto na bacia de Campos, Ricardo Penteado.
A tartaruga cabeçuda é conhecida dessa maneira por ter a cabeça proporcionalmente maior que a das outras espécies, chegando a medir 25 centímetros. Ela faz as suas desovas em quase toda a costa brasileira, mas concentra-se especialmente no norte do estado do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e o litoral sergipano. Apesar de estarem protegidas por lei, a imensa extensão da costa brasileira faz com que as tartarugas fiquem vulneráveis sofrendo ameaças até chegarem a idade adulta.
Os pesquisadores tem realizado projetos de conscientização das populações ribeirinhas para preservas as espécies marinhas, entre elas as tartarugas marinhas. Fazendo com que as tartarugas reiniciem o seu ciclo produtivo que muitas vezes é interrompido. Um problema encontrado pelos pesquisadores é a ocupação desordenada das praias, por isso o projeto vem restringindo as ocupações com padrões ambientalmente aceitáveis criando áreas como parques e reservas naturais, onde as tartarugas podem desovar em segurança.
Quando nascidos os filhotes medem cinco centímetros, por serem pequenos e frágeis muitas tartarugas são devoradas por caranguejos, aves marinhas, polvos e principalmente peixes. Mas quando algumas tartarugas conseguem chegar a idade adulta, somente o homem e o tubarão conseguem ameaçá-las.
Após o nascimento as tartarugas desaparecem por 14 meses e não há informações sobre o que se passa com elas nesse período. Os pesquisadores imaginam que elas ficam flutuando por entre as algas ou vagando em mar aberto. Depois de um ano elas podem ser vistas nos recifes e nas praias do litoral buscando alimento. Cada espécie se alimenta de forma diferente, enquanto a Verde prefere se alimentar de algas, a Gigante prefere alimentos gelatinosos como medusas e águas-vivas.
Quando chega a fase adulta é que os pesquisadores conseguem distinguir as diferenças entre os machos e as fêmeas. A cauda do macho fica mais grossa e ultrapassa o tamanho das nadadeiras posteriores. Elas ganham muito peso, quando recém-nascido a tartaruga da espécie Couro pesa 30 gramas e na idade adulta chega a pesar 700 quilos.
No período de desova as tartarugas-marinhas sempre voltam para a praia onde nasceram. O nascimento delas sempre ocorre à noite e para chegar ao mar elas se orientam pela luminosidade do horizonte. Mas uma ninhada inteira também pode nascer de dia, caso tenha havido uma chuva forte que acaba resfriando a areia.
As tartarugas quando nascem recebem grampos inoxidáveis contendo um número e o endereço do Tamar. Essa identificação ajuda aos biólogos a determinar a rota migratória das espécies em toda a costa brasileira. A partir desses dados os biólogos tem desenvolvido diversas pesquisas para aumentar os conhecimentos sobre o comportamento das tartarugas marinhas.
Carroceiros serão cadastrados
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Juarez
Data: 07.01.02
O Centro de Controle de Zoonoses iniciou este mês um programa de cadastramento dos carroceiros que circulam pelas principais ruas e avenidas do município. O objetivo é o de conscientizar os carroceiros sobre os benefícios com a identificação e melhores condições de higiene e saúde aos animais que são usados no transporte de cargas. Apenas 36 carroceiros estiveram no CCZ para fazer o cadastro, eles tem participado de sorteios de brindes como arreios, ferraduras, rações e remédios para os animais, além de cestas básicas.
O médico veterinário do setor de grandes e médios animais do CCZ, Evandro Guimarães Ferraz, explicou que "esse trabalho de cadastramento dos animais e das carroças trará diversos benefícios para a categoria pois alguns carroceiros fazem desse trabalho o seu meio de sobrevivência, que é informal. Enquanto isso, a grande maioria dos carroceiros não possui informações técnicas sobre a melhor maneira de tratar os animais e acabam sobrecarregando e colocando em risco a vida dos animais e da população", declarou.
"Acredito que haja mais de 500 carroceiros em todo o município, mas até agora apenas 36 deles, a maioria da Lapa e das proximidades da Cooperleite, já estiveram no CCZ para fazer o cadastro. Quando eles comparecem para o sorteio de arreios e ferraduras, os carroceiros acabam ganhando pacotes de ração e remédios para os animais. Nós aproveitamos e vacinamos os animais e vemos as condições do animal", explicou Evandro.
O médico informou que a maioria dos animais que ainda não foram avaliados podem estar correndo o risco de estarem infectados por algumas doenças sem que os carroceiros percebam, como endo e hectoparasitas, leptospirose, raiva e babesiose (perda de apetite e apatia). "Em meados deste mês, a equipe do CCZ irá até os principais pontos para cadastrar os animais. Depois todas as carroças receberão uma placa com um número de registro e a logomarca do CCZ. Quanto mais carroceiros cadastrados tivermos maiores serão os benefícios tanto para ele como para o animal", disse.
Evandro informou que tanto o cavalo como o burro possuem uma vida média de 15 anos, mas o burro é muito mais resistente. Ele alertou sobre o perigo de alguns carroceiros que podem estar sobrecarregando os animais com excesso de peso para o transporte. Esta sobrecarga poderá impedir o trabalho do animal no futuro.
Gás Natural já é uma realidade
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Juarez
Data: 07.01.02
A cada dia que passa os condomínios residenciais de Campos estão aderindo ao gás natural. Na avenida XV de Novembro bem como na rua Voluntários da Pátria e Barão de Miracema, o campista tem visto inúmeros canteiros de obras de instalação de gás. Os kits estão sendo vendidos em diversos modelos. No modelo automático o preço cobrado é de R$ 500, já o modelo standard é cobrado a R$ 300. Os valores são parcelados em até 6 vezes e vem junto com as contas de fornecimento.
O jornalista Giannino Sossai, informou que adquiriu o modelo automático e está satisfeito pois a pressão é maior do que o gás de botija, além de não sujar as panelas. "A grande vantagem do gás natural é que ele não acompanha a variação do preço do petróleo. Além do incômodo que a botija traz, quanto a troca e o espaço que ele utiliza. Já no gás natural a tubulação ocupa pouco espaço e não atrapalha o pouco espaço que tenho na cozinha do apartamento", explicou.
Uma outra vantagem para o jornalista está no fato do seu kit vir com um aquecedor para o chuveiro. "Ele é economico e tem a comodidade de não precisar trocar resistências quando o chuveiro queima, além do risco de receber uma descarga elétrica quando se faz uma instalação de chuveiro elétrico", declarou.
No condomínio Vale do Paraíba que possui dois prédios residenciais, enquanto vinte e dois moradores do edifício Solar dos Airizes optaram pelo gás natural, no edifício Solar da Baroneza apenas quinze moradores adquiriram o kit de instalação.
A moradora Rosaria Rodrigues Macedo, informou que instalou o kit de gás natural mas não estava satisfeita. "Para mim é prejuízo, porque uma botija de gás durava três meses, e agora eu sou obrigada a pagar R$ 9 por mês de consumo, o que gera um gasto de R$ 27. Portanto isso prova que o gás natural é mais caro do que o preço da botija", explicou.
Ela disse que foi obrigada a colocar nos chuveiros para compensar o alto custo da instalação. "É preciso que cada consumidor avalie o que é consumido em termos de gás butano e quanto irá pagar com o consumo de gás natural", alertou Rosária.
Loteamentos clandestinos
Rep: Paulo de Almeida Ourives - s/foto
Data: 09.01.02
Uma fiscalização eficiente e os projetos de casas populares desde o governo do ex-prefeito Anthony Garotinho tem reduzido o número de loteamentos irregulares na área urbana do município. Atualmente dos 70 loteamentos que foram implantados, 40 já regularizaram a sua situação e os outros 30 já estão em fase de regularização da documentação e do projeto de urbanização. O uso e o parcelamento do solo está amparado pela lei número 6.690/98 e as empresas que descumprirem a lei serão devidamente notificadas e embargadas.
O secretário de Obras, Edilson Peixoto, informou que a dois ou três anos, não tem havido casos de loteamentos irregulares. "Os fiscais trabalham em cada área da cidade e além deles, temo dois técnicos que supervisionam as condições técnicas das obras, se alguém resolver colocar uma placa de início das obras os nossos fiscais irão agir e se possível embargar, multar e interditar a obra", informou.
Para que as empresas e os donos dos terrenos façam a regularização dos loteamentos é necessário apresentar diversos documentos como "o documento de propriedade, um projeto de acordo com as exigências do código de obras e o uso do solo, uma liberação da Feema e da secretaria de Meio Ambiente para a instalação de um loteamento, dotando-o de infra-estrutura como rede de água, esgoto e energia elétrica. Há outras exigências, mas essas são as principais", disse.
O secretário deu explicações sobre o crescimento urbano e populacional que aconteceu nesses últimos 25 anos em Campos. O êxodo rural aconteceu por causa das inúmeras crises na cultura canavieira e na busca de melhores condições de vida, como a tentativa de aumentar a renda com melhores empregos.
"A 25 anos atrás, a população do município consistia em 20% da população na área urbana e 80% na área rural. Hoje a situação está invertida, 80% da população está na área urbana e 20% na zona rural. Tudo isso por causa da crise na lavoura canavieira. Os moradores da zona rural resolveram vir para a área urbana atrás de empregos e melhores condições de vida, pois as dificuldades eram muito grandes principalmente com as crises da monocultura da cana-de-açúcar. Os governos municipais não estavam preparados para esse boom e permitiram a proliferação de loteamentos irregulares", explicou o secretário.
Ele ainda acrescenta que com o projeto de casas populares iniciado no governo Garotinho, como o projeto "Pode entrar que a casa é sua", a cidade está revertendo o quadro em um tempo muito menor do que os 25 anos de crescimento populacional e urbano. "Desde a implantação do projeto de casas populares no governo Garotinho, a prefeitura tem trabalhado para dar infra-estrutura e regularizar a situação desses loteamentos que, de clandestinos viraram conjuntos residenciais. Aliado a isso e a parceria com a empresa Águas do Paraíba, a prefeitura pretende dotar o município de melhor infra-estrutura na rede de água e esgoto. O contrato que foi feito com a empresa Águas do Paraíba, prevê essa melhoria em um prazo de até cinco anos", acrescentou Edilson Peixoto.
"Os bairros do Joquei, Novo Joquei, Tapera I e II, Penha e muitos outros já foram loteamentos clandestinos mas que com o tempo foram regularizando a sua situação e hoje já contam com ótimos serviços. A cidade está se preparando para o futuro e o objetivo do governo Arnaldo Vianna é de não haver problemas estruturais dotando o município com um excelente padrão de qualidade de vida, para evitar que surjam novos loteamentos e crescimento urbano e desordenado", concluiu o secretário.
Assinap na Justiça contra o governo do estado
Rep: Paulo de Almeida Ourives – s/foto
Data: 11.01.02
O governo do estado resolveu desautorizar o desconto de R$ 10,80 nos contra-cheques dos policiais e bombeiros militares, ativos e inativos em todo o Estado do Rio. A medida do governo foi tomada sem consulta prévia com o objetivo de diminuir o poder da associação, tornando os associados inadimplentes e conseqüentemente não conceder o aumento salarial de 155%, por ter perdido o recurso no Supremo Tribunal Federal.
A associação que possui 20 mil filiados viu com surpresa que 98% dos associados ativos, inativos e pensionistas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros não tiveram descontos no contra-cheque. Os 2% restantes que tiveram descontos em folha são apenas recrutas que não possuem direito ao pagamento retroativo.
A representante da Assinap, Fátima Correia, esteve em Campos ontem pela manhã no 8º Batalhão de Polícia Militar para orientar os policiais que façam o pagamento das mensalidades em contas correntes dos bancos Itaú, Real, Santander Meridional e Caixa Econômica. “Para que com o comprovante de depósito bancário eles mostrem ao governo do Estado que apesar de não ter havido descontos no contra-cheque, eles não estão inadimplentes para com a Associação”, explicou.
Fátima Correia explicou que “o governo deveria ter pago o reajuste de 155% em dezembro, não foi o que ocorreu, e ainda retirou o desconto da folha de pagamento de 98% dos associados, querendo torna-los inadimplentes. A associação além de prestar assessoria jurídica, financia terreno, casa própria e material de construção. Há um plano de saúde, cujo desconto também desapareceu nos contra-cheques e ainda financiamos a compra de telefones celulares”, disse.
Os 155% discutidos na justiça foram estabelecidos pelo governador Moreira Franco como uma gratificação para os comandantes da PM e do Corpo de Bombeiros. O abono permaneceu até o Governo Marcello Alencar e a Assinap então decidiu entrar na Justiça pedindo a volta da gratificação com extensão para todos os associados. A disputa judicial chegou até ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que deu ganho de causa aos policiais e bombeiros militares em 7 de dezembro do ano passado.
A representante informou que “no dia 4 de fevereiro, às 14 horas haverá uma assembléia geral na rua Erasmo Braga, 115, entre o Fórum e a Sare, para deliberar e decidir qual o caminho e providências que poderemos tomar. De todos os batalhões sairão carreatas e estamos convidando todos os associados para participar dessa assembléia”, disse Fátima.
Mistura de combustível
Rep: Paulo de Almeida Ourives - s/foto
Data: 11.01.02
A mistura de combustível autorizada pelo Governo Federal desde a meia-noite de quinta-feira não irá refletir no preço do combustível, até porque o aumento autorizado pelo governo é de apenas 2%. O que equivale a apenas R$ 0,0038, tomando como base o preço de R$ 1,60 por litro de gasolina. O sub-gerente do Posto Impacto, na avenida Alberto Torres, explicou que o perigo nessa mistura é o alto teor de corrosão do álcool nos carburadores dos veículos.
Para que os postos de gasolina produzam a gasolina comum, o percentual de mistura passou a ser de 76% da gasolina do tipo A com 24% de álcool anidro. Antes da autorização o percentual de álcool anidro misturado na gasolina era de 22%. A medida tem como objetivo aproveitar a safra de cana para produzir álcool combustível, reduzindo a produção de açúcar para que este sub-produto da cana possa recuperar a cotação do preço que está em baixa.
"O grande problema é o dano que essa mistura causará nos carburadores dos veículos, pois o álcool tem um alto poder de corrosão. Justamente o que não acontece com a gasolina, pois se um carro ficar parado por mais de uma semana, não irá afetar o funcionamento e o rendimento dos componentes automotivos", explicou Mário Salomão, sub-gerente do Posto Impacto.
"A medida do governo em querer forçar a redução nos preços de combustíveis leva a crer que as grandes empresas de combustível tem condições de reduzir as margens de lucro e quem sairá ganhando com isso é o consumidor", disse o sub-gerente. Ele explicou que se as empresas tem condições de reduzir as margens de lucro, é porque há condições de diminuir o preço da gasolina que normalmente é ditado por essas companhias.
No Posto Impacto, o preço da gasolina comum é encontrado ao preço de R$ 1,48 e o álcool ao preço de R$ 0,79, para pagamentos à vista. Para os clientes que normalmente abastecem os carros e pedem um prazo de 30 dias, o preço da gasolina varia de R$ 1,610 e R$ 1,699. O álcool custa R$ 0,95 e o diesel a R$ 0,84. Procurado pela reportagem, o gerente de vendas da Chebabe Distribuidora, Emilton Moraes, não quis se pronunciar a respeito e alegou que estava em reunião.
Carteira de Identidade
Rep: Paulo de Almeida Ourives
Data: 14.01.02
As novas carteiras de identidade que estão sendo impressas na Casa da Moeda do Brasil estão causando alguns transtornos para as pessoas que já estão de posse das carteiras. Tudo porque os bancos ainda não reconheceram que elas atualmente estão vindo com um novo tipo de papel e com uma novidade, as fotos, duas impressões digitais e a assinatura, são imagens escaneadas, e no verso da carteira há códigos de barras de cada uma das informações ????tico", informou.
"Houve muitas mudanças desde que o Detran adquiriu o controle da emissão das carteiras de identidade. Agora as pessoas fazem o pedido da primeira via, nós mandamos o protocolo e em 30 dias o Detran envia as novas carteiras com o número da identidade. É importante lembrar que qualquer pessoa pode retirar a sua carteira em até um ano. Depois disso, o Posto devolve as carteiras que não foram retiradas para o Rio de Janeiro", explicou.
Ela esclareceu que em alguns casos a segunda via da carteira é isenta de qualquer tarifa. "Se a pessoa for tirar uma segunda via, mas tem o número do RG ou está dentro do prazo de validade, o Posto coloca a foto da pessoa, dá o número, carimba e autentica a segunda via", disse.
"Para se retirar uma carteira de identidade, tanto a primeira como a segunda via, as pessoas devem levar a original e uma cópia da certidão de nascimento e uma foto 3x4, com fundo branco. Se a carteira for do Instituto Félix Pacheco, ele ainda vai pagar uma taxa de R$ 16,18, no Banerj ou no Itaú. Mas se a pessoa quiser tirar uma segunda via de carteira de identidade que foi emitida pelo Instituto Pereira Faustino ela está isenta de qualquer tarifa. Além disso, a Fundação Leão XIII, dá isenção para pessoas que estão desempregadas, ou só ganham um salário mínimo", explicou Elizabeth.
"O que pouca gente sabe é que até mesmo as crianças podem ter uma carteira de identidade. Principalmente para aquelas crianças que viajam constantemente com os pais, e estes sempre precisam procurar o Juizado de Menores para mostrar a documentação da criança. Agora o Juizado de Menores permite que qualquer criança com mais de seis meses de nascido pode tirar uma carteira de identidade. Para que os pais tirem uma identidade da criança, é necessário que os pais levem uma original e uma cópia da certidão de nascimento da criança, com uma foto recente, além dos documentos dos pais ou responsáveis", disse.
No Posto do Detran, localizado no Shopping Estrada, são feitos 40 pedidos de emissão de carteiras de identidade. Por mês a média é de 800 pedidos de emissão de carteiras de identidade, só para a primeira via. Já para a segunda via, os números são menores. A média diária é de 30 pedidos de emissão da segunda via, o que dá um total de 600 emissões de carteiras por mês. Mesmo assim, Elizabeth informou que em alguns dias, os pedidos de emissão da segunda via atingem o número de 100 pedidos.
Padaria sofre prejuízo
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Juarez
Data: 14.01.02
A queda na fase da rede elétrica e falta de energia tem causado sérios prejuízos aos comerciantes de Custodópolis. Ontem a tarde, a Cerj deixou de fornecer energia elétrica das 14 horas as 18 horas e 31 minutos, aos comerciantes da avenida José Carlos Pereira Pinto e avenida Júlia Armon. O prejuízo da Panificação Chapéu Preto foi de R$ 720, ou seja, a massa suficiente para produzir 3.600 pães foram jogados no lixo, porque a massa estragou.
O proprietário da padaria, Júlio César, não conseguiu esconder a revolta diante da situação. "Liguei umas quatro vezes para a Cerj, e com esse negócio de 0800, o serviço piorou. Ninguém mais atende as nossas reclamações. Eles só ficam dizendo que já mandaram um carro para resolver o problema, mas até agora não vimos carro nenhum", declarou Júlio César.
"Quando havia um gerente no posto de atendimento em Campos, a situação era diferente, pois eles resolviam imediatamente, agora é esse pouco caso, e não resolvem nada. Mas eles não percebem que só nessa área, há três supermercados, cinco padarias, 12 açougues, um posto de gasolina, fora as outras lojas, que também ficam sem energia", desabafou.
Ele informou que "às 7 horas da manhã, comecei a preparar a massa para fabricar os 3.600 pães, a luz acabou e tive que jogar toda a massa fermentada no lixo. Agora às 18 horas e 31 minutos a luz voltou, quem virá aqui agora para comprar pão? Nesse horário quem queria comprar um pão, já comprou em outro lugar! Perdi mais de 40 quilos de massa, o que dá para fazer uns 1.200 pães, fora os pães que eu já havia modelado", reclamou Júlio César.
"Essa falta de energia é constante, nos últimos três meses essa é a sexta vez, fora os anos anteriores, quando ficavamos sem energia a noite toda, ou nos domingos que também não havia energia. As minhas contas são debitadas em conta corrente no banco. Pago todo mês R$ 650, e sempre tenho esse prejuízo. Isso aqui está uma bagunça danada, principalmente nessa rede da avenida Júlia Armon, que vem de Custodópolis", disse Júlio César.
O proprietário ainda informou que os sete funcionários que deveriam ir embora, por um gesto de compreensão resolveram ficar e preparar a massa de pão para hoje, mas o temor dele é que a Cerj fizesse alguma interrupção de energia e corre o risco de ter outro prejuízo. "Dos sete funcionários, três deles são estudantes, e quantas vezes eles já perderam aulas por causa da falta de energia, agora eles estão de férias, mas e se ainda estivessemos em período de aulas, certamente eles iriam perder mais uma aula", concluiu.
IPVA já está disponível nos bancos
Rep: Paulo de Almeida Ourives – foto arquivo
Data: 16.01.02
Desde segunda-feira, que o imposto para veículos automotores, Ipva, está liberado nos bancos. Após o pagamento, o motorista pode ligar para o Detran-RJ, fazer o agendamento e marcar a vistoria do carro nos postos do Detran. O Detran já disponibilizou dois telefones, o 0800-20-4040, que funciona a partir das 18 horas e o telefone número 2460-4040, que está acessível 24 horas por dia.
O sub-chefe do Detran-RJ, em Campos, Jorge William Manhães Virgílio, informou que o Detran já está preparado para fazer a vistoria dos quase 30 mil carros existentes em Campos. “Quando o motorista optar pelo pagamento integral, com um desconto de 10%, ele pode se dirigir até o posto do Detran e marcar a vistoria do carro, automaticamente. Mas se o motorista fizer a opção pelo pagamento parcelado, ele só vai poder marcar o agendamento depois que pagar a terceira parcela do Ipva. Mesmo assim ele não corre o risco de ter poucos dias para marcar o agendamento, porque o calendário já foi estipulado e no caso da placa de final um, o motorista após o pagamento da terceira parcela terá até o dia 30 de abril para marcar e fazer a vistoria no carro, e não corre o risco de perder o prazo”, informou.
“O Detran este ano fez inovação que irá agradar aos motoristas, para fazer a vistoria com o objetivo de adquirir ou pegar o Certificado de Registro de Licenciamento de Veículo, Crlv de 2002, o motorista precisa trazer o original da carteira de identidade do proprietário do veículo e o original do último Crlv. Essa medida foi tomada para favorecer aos proprietários de veículos que sempre alegaram que não tem tempo para trazer o carro e evitar que eles paguem a terceiros para que seja feita a vistoria dos carros”, declarou Jorge William.
Alguns defeitos são inaceitáveis para os fiscais do Detran, o pneu careca, a parte elétrica do veículo com defeito, o extintor de incêndio vencido e a ausência de equipamentos obrigatórios que são essenciais para a segurança dos motoristas. Jorge William informou também que “quando o veículo sofreu um acidente grave e não possui condições de ser consertado, o motorista pode pedir a baixa do veículo, nesse caso ele precisa pagar um documento único de arrecadação, Duda, cujo valor está em torno dos R$ 90, recortar o chassi do carro e trazer a plaqueta e as placas do carro, para que possamos dar a baixa em nossos arquivos do Detran”, explicou.
“Muitos motoristas devem estar atentos ao prazo de validade do extintor de incêndio, e é bom o usuário conferir freqüentemente o medidor do extintor, porque às vezes ele pode estar descarregado sem que o motorista perceba. Quando o ponteiro está apontado para a cor verde, é porque o extintor está carregado. Se o ponteiro estiver apontado para a cor vermelha ou ele está descarregado, ou o prazo de validade já venceu, nesse caso o pó químico perdeu o efeito. Apesar disso, o motorista pode ficar tranqüilo porque os fiscais do Detran, aceitam o fato do ponteiro estar apontado para a cor branca, que é intermediário informou Jorge William.
Calendário de licenciamento anual para 2002
Final Período
1 até abril 30/04
2 até maio 15/05
3 até maio 31/05
4 até junho 14/06
5 até junho 28/06
6 até julho 30/07
7 até agosto 30/08
8 até setembro 30/09
9 até outubro 31/10
0 até novembro 29/11
Piscinão da Rocha Leão tem manutenção
Rep: Paulo de Almeida Ourives – foto ??????
Data: 16.01.02
Garrafas plásticas, pedaços de madeira, tampas de garrafa plástica, garrafas de óleo lubrificantes jogadas na rua por um posto de gasolina próximo do piscinão, e até sandálias foi o que uma equipe da empresa Hidrolúmen Construtora, encontrou ontem pela manhã quando fazia a manutenção do piscinão localizado na confluência das ruas Rocha Leão, Conselheiro Tomás Coelho e Espírito Santo. O encarregado da firma, Leonardo Pupe, informou que a empresa recebeu autorização da prefeitura para fazer a manutenção de todos os piscinões da cidade, mas mesmo assim o acúmulo de lixo encontrado pelas equipes é enorme.
“Quando viemos aqui para fazer a limpeza do piscinão pela primeira vez, a quantidade de lixo era tão grande que a gente retirava o lixo e não víamos a água que estava no reservatório. Só para se ter uma idéia, o quadro de energia, que liga as bombas, tinha muita poeira, e olha que o quadro é novo e foi construído recentemente. Mas o mais importante é que agora a empresa faz a manutenção toda semana”, declarou Leonardo.
Ele informou que a água das chuvas entra por uma galeria desce pela boca de lobo, e depois de passar por uma grade, entra em outro reservatório mais baixo. “Essa grade tem a incumbência de segurar alguns detritos, mas mesmo assim, as garrafas plásticas passam pelos buracos. Depois que fazemos a limpeza do piscinão no reservatório mais baixo, nós bombeamos toda a água para a galeria pluvial, e só então uma equipe entra no piscinão para limpar a grade que está suja com algumas folhas e sacos plásticos”, explicou o encarregado.
Troca de Comando no 56º BI
Rep: Paulo de Almeida Ourives – foto Juarez
Data: 17.01.02
Dois anos, este foi período em que o tenente-coronel Cláudio Magno Rodrigues esteve no comando do Batalhão Manoel Theodoro, conhecido como 56º Batalhão de Infantaria. Ontem pela manhã em uma solenidade que contou com a presença de diversas autoridades civis e militares, o tenente-coronel Ricardo Augusto Melo, assumiu o comando do batalhão.
O novo comandante que veio de Manaus-AM, informou que a permanência de dois anos no comando dos quartéis é regulamentar, mas que pode ser prorrogada por mais dois anos. Sobre os projetos que ele pretende implantar, o novo comandante declarou que “o coronel Cláudio Magno Rodrigues, criou alguns projetos de integração do quartel com a comunidade, e eu irei continuar esse trabalho que ele começou. A nossa política é de manter as portas do quartel abertas para a sociedade, principalmente em projetos educacionais que foram desenvolvidos com as crianças”.
“De todas as missões que tive, aqui em Campos pude desenvolver um trabalho totalmente diferente. Foi a missão mais importante e mais gratificante não só no comando do batalhão, mas porque a cidade me recebeu muito bem. Vou embora com a sensação de ter cumprido bem a minha missão e essa passagem por Campos foi muito gratificante”, declarou o tenente-coronel Cláudio Magno Rodrigues.
As principais autoridades ligadas a segurança de nossa cidade estiveram ontem pela manhã para se despedir do ex-comandante Cláudio Rodrigues, como o novo delegado da 5º Delegacia Regional da Polícia Rodoviária Federal em Campos, o inspetor Mardilhes, o comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, coronel José Carlos Azevedo, o comandante do 5º Grupamento de Bombeiros Militar, tenente-coronel Magno Pires, delegado da 134ª Delegacia de Polícia Civil, Daniel Ganassin, e o comandante da Guarda Civil Municipal, capitão Balbi.
Além da solenidade oficial de troca de comando, o ex-comandante, Cláudio Rodrigues foi homenageado com a inauguração de sua foto na galeria dos ex-comandantes do Batalhão Manoel Theodoro. Ele que irá para a Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, ainda recebeu como distintivo insigne a bandeira do 56º BI. “Agradeço a Deus, a minha família, as famílias de Campos e a minha família no batalhão, que fez com que a minha passagem à frente do batalhão, fosse muito feliz”.
Polícia Rodoviária Federal
Rep: Paulo de Almeida Ourives – foto arquivo
Data: 18.01.02
Dotar as delegacias da Polícia Rodoviária Federal de todo o país, com instalações modernas e informatizadas já a partir desse ano é o objetivo do Superintendente do Departamento da Polícia Rodoviária Federal, o general Álvaro Henrique Vianna de Moraes, segundo informações dadas pelo novo delegado da 10ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal, em Campos, inspetor Mardilher Ramalho Ribeiro. “A planificação foi estabelecida pelo Departamento mas está em vias de viabilização até porque é uma coisa muito complexa”, disse o Inspetor Mardilher.
“O Departamento tem uma determinação de colocar computadores em todos os postos e delegacias do Brasil inteiro. Os computadores já foram adquiridos e o único problema é a interligação com as redes de informação do estado e do município. Nós precisamos ter acesso ao banco de dados do Detran, para que possamos trocar informações com os órgãos públicos de segurança informando ao motorista infrator de que ele possui uma infração”, declarou o inspetor.
O novo delegado explicou que a delegacia da Polícia Rodoviária Federal utiliza o sistema do Serpro, mas os órgãos estaduais utilizam o sistema Infoseg e este é um entrave que deverá ser solucionado brevemente. “Em relação ao banco de dados criminal, o Infoseg dos principais estados brasileiros como Minas Gerais, São Paulo e Paraná é muito melhor do que o sistema que ainda está sendo implantado no estado do Rio. Para se ter uma idéia, se eu precisar de uma informação aqui em Campos, eu não obtenho sucesso, mas se eu ligar para o sistema em São Paulo eu acabo conseguindo todas as informações que preciso”.
“As dificuldades são tão grandes que nós precisamos solicitar acesso a informações sigilosas que estão no banco de dados do Infoseg. E a Polícia Federal que está no mesmo patamar que nós possui acesso a essas informações. Mas o pior é que atualmente a Polícia Rodoviária está no mesmo nível de comunicação dos órgãos de segurança estaduais. Porque isso se nós somos uma corporação federal, e apreendemos muito mais entorpecentes do que a Polícia Federal?”, disse o inspetor.
“Os planos são para tornar a Polícia Rodoviária Federal o mito do Brasil e um símbolo do país em relação as polícias do mundo. Quando se pensa em polícia no mundo, eu lembro da Polícia Montada, do Canadá. Quero ver uma polícia cidadã, moderna e jamais teremos se a sociedade civil não nos ajudar. Precisamos ter capacitação em tecnologia e qualidade nos quadros, e é isso o que o diretor tem feito”, informou.
O inspetor Mardilher, informou que todas as delegacias estão pedindo aumento no efetivo, mas que isso depende do Ministro da Justiça e todos os contatos já foram feitos. “O objetivo da polícia é proteger e servir, e estamos aqui para isso. Somos uma instituição legalista e o avanço da Polícia Rodoviária Federal só pode acontecer se houver a integração com os órgãos de justiça e segurança pública. O cumprimento das nossas missões são baseados em ciência, e através da ciência chegamos a capacitação”, declarou.
O delegado concluiu que “tudo isso só será possível se houver salários condizentes, para atrair os melhores quadros da sociedade brasileira, e assim fica mais fácil para controlar a disciplina e a hierarquia”, concluiu.
Dengue
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto Wilson
Data: 19.01.02
Por mais que a prefeitura municipal através da secretaria de Saúde, o Setor de Epidemiologia, o Centro de Controle de Zoonoses e diversas equipes de funcionários estejam nas ruas colocando remédios em possíveis focos do mosquito transmissor da dengue, muitas pessoas sem o menor conhecimento ou consciência não colaboram para erradicar de vez essa doença do município. Ontem pela manhã, a reportagem constatou que em alguns pontos do Parque Leopoldina, águas empoçadas nas esquinas das ruas, caixas de água com a tampa quebrada recebendo toda a carga de água das chuvas, e o que é pior até piscinas em algumas residências.
Na avenida Alberto Torres, a reportagem do jornal ACIDADE constatou que uma vila com seis casas nunca foi visitada por uma das milhares de duplas de funcionárias da Prefeitura, para a colocação do remédio que mata as larvas do mosquito. "Aqui moram nove crianças, mas ainda aparecem mais cinco que ficam aqui o dia todo. A maioria dos moradores aqui da vila já teve a dengue", informou Cláudia Márcia Souza da Silva de Assis, 32.
Ela informou que "a tampa da caixa d'água está quebrada, mas nós não usamos a água dessa caixa, que já está empoçada por causa das chuvas. O pior é que ali no beco é uma sujeira muito grande, e além de ser um foco do mosquito há muitos ratos, que são enormes. Mas não adianta limpar esse beco, porque o matagal do outro lado está pior do que aqui".
Enquanto isso do outro lado, um vizinho com uma piscina, informou que limpa a piscina todo dia e dia sim, dia não ele põe cloro e aldicida, um produto para eliminar algas.
"Antes eu gastava R$ 40 por mês para que um rapaz viesse aqui para limpar a minha piscina, como ele não teve mais tempo, eu resolvi limpar colocando cloro dia sim e dia não. Aqui em casa há plantas que ficam em vasos com água, mas a minha esposa muda a água todas as noites, nós procuramos fazer a nossa parte e ajudar a prefeitura a combater esse problema, mas e a periferia? Lá no Parque Cidade Luz, onde tenho um amigo, os pássaros já morreram porque foram atacados por mosquitos", declarou o comerciante, Leomil Correa.
"Nós zelamos pela nossa casa e permitimos que os funcionários do CCZ entrem para colocar o remédio, mas muitas vezes os vizinhos não tem consciência e convivem com ratazanas enormes. Por mais que o rádio, a TV, e os jornais falem e divulguem há pessoas que ainda não tiveram consciência para ajudar a cidade, a prefeitura e o Estado a evitar o problema", declarou o Noel Carlos Dacova Pereira, que estava visitando o seu cunhado, Leomil.
No início da campanha, a imprensa chegou a divulgar que um dos principais focos do mosquito transmissor, estava justamente nas borracharias, que por terem inúmeros pneus abandonados e ao ar livre, estavam com águas empoçadas dando oportunidade para que as larvas do mosquito Aedes Aegypti proliferassem com tranquilidade. Na Borracharia e cicle do Baixinho, a situação é completamente diferente, os pneus estão furados e até cortados no fundo para evitar poças de água.
"Eu tenho consciência do problema e procuro manter a minha borracharia limpa, os pneus estão secos e com cortes de dois centímetros quadrados para que não fique água empoçada. Já recebi diversas vezes os funcionários do CCZ que sempre passam colocando o remédio. E nas gaiolas dos passarinhos, eu troco a água todo o dia", declarou Joelmar Terra.
Ele informou que "além da minha borracharia estar sempre limpa, porque o freguês gosta de entrar em um local limpo. O quintal da minha casa não possui nada que possa servir como foco do mosquito, porque tenho cinco filhos e não quero ter problemas de saúde com eles", concluiu Joelmar.
800 famílias passam fome
Rep: Paulo de Almeida Ourives - foto
Data: 21.01.02
Sem ter o que comer e sendo obrigados a andar 8 quilômetros a pé para economizar o que ganham como descascadores de camarão. Esse é o quadro atual das 800 famílias que vivem da pesca e da produção artesanal feitas com taboas. O motivo desse problema de ordem social é causado pelo "Buraco do Ministro", que continua fechado.
O vice-presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente e diretor secretário do Centro-Norte para a Conservação da Natureza, José Francisco, relatou o que aconteceu em uma reunião com os pescadores, realizado no distrito de Quixaba, no último sábado pela manhã. "A não abertura do "Buraco do Ministro", prejudica a revitalização das lagoas, do Açu, Quixaba e Farol. Os pescadores vivem da pesca e da produção artesanal das esteiras que são feitas de taboas e vendidas por R$ 0,06 cada uma. Como não há peixes e as taboas estão queimadas, essas famílias estão sendo obrigadas a buscar outra fonte de recursos, como descascar camarões a R$ 3, por dia. Para ir, eles vão de ônibus, mas para voltar, eles resolvem andar os 8 quilômetros a pé, para conseguir comprar um litro de leite e pão", declarou.
O diretor explicou que "o problema é gerado porque três rios da região abastecem a lagoa de Cima. Dela sai o rio Ururaí que desemboca na Lagoa Feia. Na Lagoa Feia a prefeitura construiu um canal e uma barragem que joga as águas da Lagoa para o mar. Quando a barragem está fechada, o nível das águas aumenta e o que acontece? A água acumulada invade uma região de baixada que fornece peixes, aumenta o nível de água das lagoas do Açu, Quixaba e Farol e revitaliza a plantação de taboas na região".
"Como já estamos no período de shows, a Prefeitura não quer abrir a comporta no "Buraco do Ministro", porque sabe que poderá alagar as casas populares e uma parte do Lagamar, que foi construída em uma área baixa. E isso iria causar um grande problema para a Prefeitura. Porque se por um lado, eles sabem que a abertura do "Buraco do Ministro" irá alagar toda a região, causando danos e seríssimos problemas a imagem da prefeitura. Por outro lado, eles estão causando um grande problema social, que é tirar de 800 famílias a chance de aumentar a sua renda com a produção artesanal de esteiras", denunciou o ecologista.
José Francisco, que faz parte da ong ambientalista Centro-Norte para a conservação da natureza explicou que "para solucionar o caso são necessárias algumas providências, como, a construção imediata de uma comporta para controle das águas na localidade conhecida como "Das cruzes", que o secretário de Meio Ambiente, Zacarias de Albuquerque, e o vice-prefeito de São João da Barra, Chico da Quixaba, prometeram construir em tempo hábil para solucionar o problema. Além de um encontro mensal entre as comunidades pesqueiras, os ecologistas e os representantes de órgãos públicos do executivo para avaliação e acompanhamento das obras e serviços prometidas".
Nessa reunião realizada na manhã do último sábado, o ecologista relatou que "foi constatada a falta de uma lei municipal que institua a política municipal de Meio Ambiente, que tem por objetivo orientar as ações do governo e não permitir que obras e serviços sejam planejadas e executadas por pessoas ou grupos, apenas porque desejam que assim seja".
Ele destacou a importância da ativação do Conselho Municipal de Meio Ambiente para analisar e propor projetos que sejam consultados conforme manda as leis ambientalistas. Além das necessidades que confirmam a importância de um planejamento mais participativo, o que é considerado em todas as orientações preconizadas pelas conferências mundiais de Estocolmo, na Suécia, em 1972. E do Rio de Janeiro, realizada em 1992.
Tentativa de assalto
Rep: Paulo de Almeida Ourives - ???? foto Juarez
Data: 23.01.02
Um homem negro, alto e com um capuz do Flamengo, causou o maior tumulto ontem a tarde na esquina das ruas Santiago Carvalhildo Filho e Conselheiro Tomás Coelho. Fingindo se passar por um mecânico, o assaltante invadiu a casa e conseguiu pegar cinco pessoas como reféns. Os três funcionários da casa, a filha de Vera Lúcia e sua amiga, foram levados para o quarto da empresária e ficaram de bruços deitados no chão. A empregada Marinelsa numa demonstração de sangue frio, conseguiu chamar a atenção do zelador, para que ele fechasse a porta do banheiro. Após isso, todos os cinco conseguiram pular a janela do quarto, conseguindo chegar até a rua. Marinelza alegou que a princípio nada foi levado, até porque as portas do guarda-roupa estavam trancadas.
O assaltante surpreendeu o zelador Hélio Sampaio Rosa, 57, que havia ido colocar o lixo na rua. Quando o zelador retornava para o interior da casa, o assaltante anunciou o assalto, rendendo as empregadas e duas jovens que tinham ido até a casa para ver a tia. O assaltante acabou levando todos para o quarto da empresária Ieda dos Santos Kemp. Os reféns do bandido conseguiram pular a janela da residência e pediram ajuda a todos os motoristas que passavam pela rua. A ação da Polícia Militar foi rápida mas não conseguiram descobrir o paradeiro do assaltante.
As empregadas, Marinelsa da Silva, 57, a arrumadeira, Vera Lúcia Cardoso, 43, o zelador Hélio Sampaio Rosa, 57, e as jovens G. C. (filha de Vera Lúcia), e Giselle Alves Paixão, 18, foram levadas para o quarto da empresária pelo assaltante que só queria dinheiro para ir embora.
A tentativa de assalto ocorreu ontem as 15 horas, na casa da empresária, na rua Santiago Carvalhido Filho, 204, esquina de rua Conselheiro Tomás Coelho, movimentanto três viaturas da Polícia Militar que chegou rapidamente ao local, e fez buscas em todas as residências da rua, além do terraço da casa da empresária, mas não encontraram o paradeiro do assaltante.
"Trabalho aqui a nove anos e nunca passei por uma situação parecida. Fui o primeiro a ser rendido pelo bandido, e nem cheguei a dar muita atenção a ele, porque ele disse que era um mecânico e eu pensei que era parente de uma das funcionárias. Quando voltei, para dentro da casa, é que ele me disse que era um assalto e me mostrou a arma, com as balas. Ele disse que não queria fazer nenhum mal a nós, mas queria apenas o dinheiro para ir embora", declarou Hélio.
Enquanto Marinelza, Vera Lúcia e Hélio pediam ajuda aos motoristas, as jovens Giselle e G. C., que acabou machucando o pé, foram levadas para a casa de um vizinho. A empregada Marinelza informou que "o homem era negro, alto, forte, tinha uma bolsa na mão, e aparentava ser um homem maduro". Marinelza que teve o sangue-frio de pedir a Hélio que fechasse a porta do banheiro, trabalha na residência da empresária há 22 anos, e disse que a empresária estava passando férias em Guarapari.
Presa quadrilha com cartões clonados
Rep: Paulo de Almeida Ourives - s/foto
Data: 23.01.02
A polícia conseguiu prender no início da madrugada de ontem, uma quadrilha de estelionatários que tentava fazer um saque em um posto de gasolina da cidade, utilizando cartões de crédito clonados. Os policiais apreenderam cerca de 20 cartões de crédito dos bancos Real, Itaú, Bradesco, Francês e Brasileiro e Panamericano. Além de 17 cheques, seis notas fiscais de cartão de crédito, telefones celulares e um carregador de celular. A quadrilha formada por dois brasileiros e um uruguaio, foi enquadrado no artigo 171 e já foram levados para a Casa de Custódia Dalton Castro.
Os policiais chegaram até a quadrilha através de uma denúncia, porque os suspeitos Francisco Alexandre da Silva Brito, 43; Fabrício Henriques de Souza, 23, e o uruguaio, Gabriel Leonardo Laviano Salcon, 39, estavam fazendo diversos saques no mesmo estabelecimento. O sub-delegado da 134ª Delegacia de Polícia Legal, Luís Maurício Armond Campos, informou que "os dois brasileiros já possuem antecedentes criminais pelo mesmo artigo, 171. Quanto ao uruguaio, nós ainda estamos fazendo um levantamento para averiguar possíveis passagens dele pela polícia".
A quadrilha chegou a tentar subornar os policiais militares que os havia prendido, mas a guarnição não aceitou e ainda fez questão de prender os criminosos, levando-os para a 134ª DP-Legal. Além da prisão dos bandidos, a polícia conseguiu apreender outros cartões de crédito clonados, cheques, notas fiscais de cartão de crédito, telefones celulares e um carregador de celular. Todos os materiais estavam no Santana vinho, placa MOG 2380, de Vila Velha, ES. A pena para estelionato (artigo 171), é de 1 a 5 anos, e de 1 a 4 anos de reclusão para os casos de receptação.
"Para clonar um cartão de crédito, os bandidos utilizam um aparelho pequeno que cabe na palma da mão, esse aparelho lê os dados da tarja preta dos cartões e depois a quadrilha acaba fabricando cartões falsificados. O que são os cartões falsificados? Na tarja preta há um determinado tipo de informações do cartão clonado, mas na frente as informações são totalmente diferentes", explicou o sub-delegado.
"As pessoas precisam ter muito cuidado ao entregar o seu cartão a estranhos, principalmente nas lojas onde ele irá realizar as suas compras. É preciso que o usuário acompanhe até onde vai o seu cartão, e comprove com os olhos o que está sendo feito com o seu cartão, não deixando que o vendedor leve o cartão para uma outra sala, ou um local distante dos seus olhos", informou Luís Maurício.
O sub-delegado explicou que as quadrilhas especializadas nesse tipo de ação muitas vezes são quadrilhas muito grandes. "Apesar da tecnologia, esses elementos precisam contar com a colaboração de mais pessoas, inclusive com pessoas ligadas ao estabelecimento comercial, para que eles possam agir sem serem molestados, causando um prejuízo muito grande aos proprietários de cartões de crédito", disse.
"Nos casos de cartões bancários, normalmente a quadrilha além de conseguir as informações sobre a conta bancária, ele necessita descobrir qual é a senha do cidadão. Portanto é preciso ter muito cuidado em não deixar que nenhum estranho fique próximo do terminal eletrônico e veja a senha. Além do mais, nesse caso é preciso que o usuário acompanhe diariamente o saldo bancário"concluiu o sub-delegado Luís Maurício.
Roubo a luz do dia no centro da cidade
Rep: Paulo de Almeida Ourives - s/foto
Data: 23.01.02
Após ter saído do Bradesco e ter caminhado em direção a rua 13 de Maio, no Centro, a estudante universitária de direito, Elisa de Azevedo Sanches Mendonça, 36, teve a sua bolsa contendo diversos documentos, além de talões de cheques e cartões de crédito, roubada por duas mulheres morenas claras, que tentaram chamar a sua atenção para o velho golpe do pedido de informação. O fato ocorreu no início da tarde de ontem, às 12 horas e 30 minutos em frente a VJ Tapeçaria.
"Eu tinha acabado de sair do Bradesco, quando fui abordada pelas duas mulheres em frente a loja VJ, na rua 13 de Maio, que me perguntaram se o cartão que havia caído era meu. Após dizer que não, uma delas arrancou a bolsa da minha mão e fugiram pela mesma rua", declarou a estudante.
Ela tentou procurar a ajuda de policiais mas disse que só encontrou 10 policiais conversando atrás do banco HSBC, na rua Governador Teotônio Ferreira de Araújo. "Infelizmente as pessoas agem de má fé a luz do dia e não havia nenhum guarda nas proximidades do calçadão. Só encontrei 10 PM's atrás do HSBC, resolvendo sobre quem seria escalado para este ou aquele local. Nem mesmo nos feriados não há segurança, e muitas vezes quando vou a uma agência bancária, vejo os idosos ficarem a mercê dos malfeitores, pois não há segurança nos bancos e nem mesmo nas ruas. Infelizmente as autoridades estão muito relapsas, e só querem saber de fazer showzinhos no Farol", desabafou a estudante.
Mulher denuncia maus tratos na Casa de Custódia
Rep: Paulo de Almeida Ourives - s/foto
Data: 24.01.02
Uma mulher não identificada fez uma denúncia grave envolvendo os policiais militares que fazem a segurança na Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro, no Parque Santa Rosa. Segundo a denunciante, "os PM's quando fazem a revista nas mulheres dos presos, acabam encontrando drogas, na vagina de algumas delas. Feita a apreensão, alguns policiais acabam cobrando dinheiro para facilitar a entrada de drogas como maconha, cocaína e até bebidas", denunciou.
A denunciante ainda informou que "os detentos estão sofrendo agressões físicas e maus tratos. A noite, os PM's apagam as luzes e ficam dando tiros para o alto, mas não sei porquê. Alguns detentos já me disseram que farão uma rebelião em breve, em protesto contra os maus tratos".
O comandante do 8º BPM, coronel José Carlos Azevedo, quando indagado sobre essa denúncia declarou: "irei averiguar essa denúncia, e se for comprovada, os policiais envolvidos serão indiciados e enquadrados em crime de responsabilidade administrativa".
Ao fazer uma vistoria como de costume, na tarde da última quarta-feira, os policiais militares que fazem a segurança na Casa de Custódia Dalton Castro, encontraram 245 trouxinhas contendo uma erva verde, um pedaço e um sacolé contendo a erva, desconhecida pelos policiais, e dois sacolés contendo um pó branco.
A maior quantidade foi encontrada na cela 3, um total de 147 trouxinhas dessa erva, além de um pedaço dela. Ao que tudo indica, o fabricante das trouxinhas estaria preso nessa cela, até porque, na cela 2 só havia 75 trouxinhas. E na cela 10 foram encontradas 23 trouxinhas, um sacolé com a erva e dois sacolés contendo um pó branco.
O comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar, informou que todo o material apreendido já foi levado para exames, mas que "o pó branco encontrado nos dois sacolés, na cela 10, pode ser qualquer material diferente, e não necessariamente uma droga. Pode ser até mesmo talco", concluiu o comandante.
Apreensão na Casa de Custódia
Rep: Paulo de Almeida Ourives - s/foto
Data: 24.01.02
Ao fazer uma vistoria como de costume, os policiais militares, que fazem a segurança na Casa de Custódia Dalton Castro, acabaram encontrando 245 trouxinhas contendo uma erva verde, um pedaço e um sacolé contendo a erva, desconhecida pelos policiais, e dois sacolés contendo um pó branco.
A maior quantidade foi encontrada na cela 3, um total de 147 trouxinhas dessa erva, além de um pedaço dela. Ao que tudo indica, o fabricante das trouxinhas estaria preso nessa cela, até porque, na cela 2 só havia 75 trouxinhas. E na cela 10 foram encontradas 23 trouxinhas, um sacolé com a erva e dois sacolés contendo um pó branco.
O comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar, informou que todo o material apreendido já foi levado para exames, mas que "o pó branco encontrado nos dois sacolés, na cela 10, pode ser qualquer material diferente, e não necessariamente uma droga. Pode ser até mesmo talco", concluiu o comandante.
Casas do Parque Eldorado serão devolvidas
Rep: Paulo de Almeida Ourives – s/foto
Data: 25.01.02
Depois de ter feito um alto investimento e dado as casas do Parque Eldorado para pessoas que moravam em área de risco, a Prefeitura Municipal agora se vê as voltas com um sério problema, alguns desses moradores venderam a casa que ganharam por R$ 500. A secretaria de Promoção Social já fez um recadastramento e irá levantar os dados dos 30 moradores que venderam as casas para terceiros, eles agora serão obrigados a devolver as casas que haviam ganho e ainda correm o risco de não receberem mais nenhuma casa.
Quando esses moradores receberam as casas eles assinaram um documento e portanto sabiam que a venda, o aluguel, a cessão ou o empréstimo era ilegal. Agora poderão ser processados e enquadrados em crime de especulação imobiliária. Até os moradores que compraram também sofrerão sanções penais, e não terão mais direito a receber uma casa através dos programas habitacionais da prefeitura municipal. Os moradores que compraram as casas, após a comprovação das irregularidades, serão obrigados a desocupar os imóveis em 48 horas.
Mesmo que eles tenham feito um contrato de gaveta, que legalmente não existe, mas que alguns proprietários de imóveis insistem em usar essa prática. Os compradores desses imóveis correm diversos riscos, como o de ficarem sem os imóveis em casos de morte ou invalidez permanente do dono do imóvel.
O superintendente de Negócios da Caixa Econômica Federal, em Campos, Luiz Alberto Daros, explicou que o contrato de gaveta não é reconhecido pela Caixa Econômica Federal e somente o proprietário do imóvel é quem detém todos os direitos, e usou o registro de carros como exemplo.
“Um herdeiro de um gaveteiro não consegue ter a posse definitiva de um imóvel porque oficialmente o contrato de gaveta não existe. Além disso, o gaveteiro não se beneficia do seguro que protege o estado físico do imóvel e o de morte e invalidez permanente. Porque ele não poderá assinar os documentos em nome de outra pessoa”, informou o superintendente.
O superintendente explicou que um outro problema é quando o gaveteiro não cumpre com as suas obrigações e deixa de pagar as mensalidades. “O que ocorre nesses casos? O mutuário oficial acaba sendo atingido, porque para a Caixa o responsável pelas obrigações pecuniárias é ele, e nesse caso a Caixa coloca o nome do mutuário no Serviço de Proteção ao Crédito, SPC, e este mutuário passa a ter dificuldades de conseguir crédito em qualquer lugar”, disse.
“Esse programa de financiamento de casas populares para as populações de baixa renda é feito pelo Governo Federal a fundos perdidos do Orçamento Geral da União. Os recursos são repassados para as prefeituras através dos governos estaduais, que assinam o convênio com a Caixa Econômica. O governo estadual é quem faz os repasses para o município para a execução do programa. Nesse programa, os beneficiários acabam recebendo o imóvel sem nenhum ônus”, informou.
Luiz Daros, ainda informou que a Caixa mantém um programa de beneficiamento de casas populares em convênio com os governos municipais, apenas para cidades com mais de 100 mil habitantes. “Nesse tipo de arrendamento, o beneficiário só terá direito ao imóvel no final do programa depois de cumprir com todas as condições do contrato”, concluiu o superintendente da Caixa Econômica.
Incêndio na Igreja católica
Rep: Paulo de Almeida Ourives – foto Juarez
Data: 25.01.02
Um possível curto-circuito pode ter causado o incêndio na Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, no Parque Lebret, nas primeiras horas da manhã de ontem. O padre Luciano informou que foi acordado por volta das 4 horas e 30 minutos, mas que quando chegou ao local os bombeiros do 5º Grupamento de Bombeiros Militar, já estavam apagando o fogo. O fogo destruiu toda a sacristia, inclusive a imagem de Nossa Senhora Aparecida, avaliada em torno de R$ 500.
“O maior prejuízo foi em relação a imagem de Nossa Senhora Aparecida, nos instrumentos musicais, e em alguns objetos que seriam destinados as pessoas carentes. Não é a primeira vez que acontece um incêndio aqui na paróquia, o outro incêndio ocorreu a 30 dias atrás mas foi na secretaria da paróquia”, declarou o Padre Luciano.
“Não houve sinais de arrombamento, mas como a paróquia está em reformas e como na noite de quinta-feira para sexta-feira caiu uma forte chuva, isso tenha provocado um curto-circuito. Agora é esperar pela perícia da Polícia Civil para saber o que realmente provocou esse incêndio”, explicou o padre.
A imagem que ficou totalmente queimada foi adquirida pelo padre Cleneu Fagundes. E ele espera que os fiéis da paróquia se juntem para adquirir uma réplica da imagem. “Essa obra que estamos fazendo é para construir neste espaço, um monumento a Nossa Senhora Aparecida, para que os fiéis daqui e de outras cidades possam vir admira-la. Quanto ao custo da imagem acredito que esteja em torno de R$ 500 a R$ 800”, disse o padre Luciano.
Professores são convocados
Rep: Paulo de Almeida Ourives – s/foto
Data: 25.01.02
A Coordenadoria Regional do Norte Fluminense da Secretaria de Estado da Educação já liberou a lista dos 95 candidatos aprovados e classificados no concurso público para professores. Os candidatos deverão comparecer na sede da Coordenadoria, na Praça da República, 06, no Centro, munidos de original e cópias dos seguintes documentos, identidade, CPF, PIS/PASEP, Título de Eleitor, comprovante da habilitação específica do concurso, certificado de reservista, o número da conta corrente no BANERJ, e um contracheque, caso ele seja servidor federal, estadual ou municipal.
Os candidatos aprovados para lecionar nos cursos de espanhol, educação artística e ciências físicas e biológicas deverão comparecer no próximo dia 29 de janeiro às 9 horas, na sede da Coordenadoria. No mesmo dia a partir das 13 horas, será a vez dos candidatos aprovados para lecionar Química e Física.
No dia 30 de janeiro, a partir das 9 horas, a Coordenadoria solicitou a apresentação dos candidatos que irão trabalhar como professores de Geografia e História. Os candidatos aprovados para lecionar Inglês e Matemática deverão se apresentar as 13 horas na sede da Coordenadoria.
29/jan – 9 horas
Espanhol
106040308 Ângela Maciel Puglia
106032712 Luciana Pessanha Barreto
106047400 Cláudia Márcia G. Ferreira
Educação Artística
105072052 Carlos Alberto Martins Areas
105857963 Ana Christina Santos Mussalem
105829919 Maisa de Souza Nogueira Langue
105804410 Simone Barreto Artilles
106024370 Rozilda Ângelo da Silva
105806706 Rosana Barreto de Aguiar
105830763 Jane Beatriz Rangel de Andrade
105810908 Rita de Cássia Simões Barbosa Crespo
105848972 Marta Maria Gomes de Almeida
106024884 Rogério Machado de Oliveira
106025856 Jackeline de Freitas Baptista
105874035 Gisela Figueiredo Siqueira
106022245 Rita de Cássia Rocha Soares Chardelli
106031902 Elisabeth H. L. Ambrozine
105802476 Sandra Nunes Alves Magalhães
105867179 Márcia Regina Nogueira M. Martins
105846848 Rosemary Santos Rosa
106028448 Beatriz Gomes Reis
Ciências Físicas e Biológicas
105309087 Gisele Schlude Mirandola
106014498 Fabiano Palmeira Gonçalves
103083072 Renata da Costa Almeida
106034847 Sérgio Soares
105853976 Luciano Guedes
29/jan – 13 horas
Química
105814210 Rogério Silva dos Santos
105844209 Walker Soares Drumond
105823805 Cláudia Márcia Ferreira Dias
106034413 Lisandra Ferreira de Abreu
105859745 Daniele Chagas da Silva
105845361 Thiago Moreira de Rezende Araújo
106019023 Márcia Verônica de Souza Inácio
105825336 Eduardo V. Appolinário
105812005 Flávio Diniz Soares
106040065 Jacqueline Siqueira Moreira de Sá
105853208 Theresa Marília Tavares Pessanha
105804924 Conceni Carvalho Marques e Silva
101328303 Lindomar Luiz Ramos da Silva
106029762 Flávio Menezes Campos
Física
106026585 Elio Uliam Caldas
100950710 Cláudio Marcelo Lisboa dos Santos
106009818 Mônica Nogueira Policani
108017594 Christiano Carvalho Leal
105824607 Altair Afrânio Miquilito
30/jan – 9 horas
Geografia
100493394 Luciane Schiavon Cordeiro
103182837 Maria Lúcia R. Vilarinhos
105304018 Paulo Bastida Roman Júnior
100476708 Vitor Sousa Dittz
109759850 Walmir Pimentel Baptista
107108844 Mariana Ditadi da Costa
106706969 Ana Carolina A Santa Marinha
109759770 Fausto Roberto Cruz de Mello
100476899 Elisane Leal Queiroz
103897259 Deise da Costa Brito
100201520 Maria do Rosário M. de Rezende Araújo
105877212 Ranalucia Nogueira da Silva
105314838 Jorge Henrique de Lacerda e Silva
100474250 Walter de Souza Barreto Júnior
105383562 Uenes Macedo Correa
105071323 Silvana Cardoso Souza
102393087 Estevão Alves de Souza
106853759 Fábio Marques da Fonseca
História
102310050 Sérgio Rodrigues Garcia
105854948 Paulo César da C. Hemeritas
105814806 Cesar de Almeida Marques
106207709 José Leonardo T. Costa
105867330 Elyda Gusmão de Azevedo
30/jan – 13 horas
Inglês
106005154 Priscila Lisboa Duarte
106028014 Frederico Tavares Rangel
106006045 Elane Kreile Manhães
105816183 Maria Olívia da Conceição Boechat
105848620 Margareth Soares Fraga
105834165 Carla Pereira Barcelos
106001400 Tereza Cristina A da Silveira
105802395 Adriana dos Santos Paes
106013173 Carina Rangel Martins
105346870 Karina Fernandes Neves
106008765 Denise Rena Haddad
105804339 Geisa de Moraes Brum Ribeiro
106044052 Heloisa Queiroz Pessanha
105839638 Verailda Maciel da Silva
Matemática
106016350 Cristiane Félix Miranda Siqueira
105861804 Gefferson Chagas Rangel
105822078 Tais Freitas de Carvalho
106042190 Frederico Galaxe Paes
105860328 Luciana Gomes Garcia
105864404 Valéria Carvalho M. da Silva
106004506 Clayton Wagner Silva Gusmão
105829757 Silvia Cristina da Silva Ribeiro
105829676 Fernanda de Araújo Monteiro
106042947 Aluísio Lima de Souza
106014900 Cassiano Ricardo Azevedo de Freitas
106000861 Flávia Honório de Souza
105848387 Simone Garcia Higino
Feirantes aprovam mudanças
Rep: Paulo de Almeida Ourives – Wilson
Data: 26.01.02
Fotos:
Joel Ramos – Diretor do Mercado
José Antônio do Espírito Santo – feirante de condimentos
Ananias Crespo de Freire – feirante de ovos
Os feirantes do Mercado Municipal e os funcionários que trabalham nos diversos boxes internos esperam ansiosos pelo início das obras de reforma do Mercado. Essa obra que já havia sido anunciada pelo prefeito Arnaldo Vianna, deverá ser iniciada em breve. Pelas declarações do diretor administrativo do Mercado, Joel Ramos, o prefeito já sinalizou que “o projeto dessa obra já está pronto mas ainda há alguns ajustes a serem feitos, como um projeto de urbanização e revitalização fazendo do Mercado Municipal um cartão postal de Campos, e que será modelo para todo o Brasil”.
“O número de pessoas que são beneficiadas com empregos diretos e indiretos no Mercado é muito grande, só para ter uma idéia, aqui no Mercado há 500 feirantes, e 150 pessoas que trabalham nos boxes na parte interna do Mercado. Isso sem falar dos atacadistas e seus funcionários, além dos motoristas de caminhões, os carregadores, os vendedores ambulantes e os vigias de estacionamentos, o que dá uma média aproximada de quase 3 mil empregos diretos e indiretos”, declarou Joel Ramos.
O diretor informou que antes de serem iniciadas as obras de reforma ou construção de um novo espaço para o Mercado, o prefeito Arnaldo Vianna irá se reunir com todos os feirantes, para ouvi-los a respeito do novo projeto. “Não conheço o projeto mas acredito que seja um projeto muito arrojado, tanto que ele (Arnaldo Vianna) se emocionou ao saber do sofrimento dos feirantes, e me disse que o novo Mercado Municipal, será uma espécie de modelo para todas as outras feiras do país”, informou.
“A preocupação do prefeito com os feirantes é tão grande que desde 2000 os feirantes e os donos de boxes, estão isentos de qualquer imposto. Uma outra preocupação do prefeito foi em relação a segurança, hoje há quatro policiais a paisana e dois guardas municipais que fazem a segurança em todo o Mercado”disse Joel.
Alguns dos feirantes já trabalham no Mercado há muito tempo, o pernambucano José Antônio do Espírito Santo, informou que trabalha no Mercado a 11 anos e considerou a obra de revitalização e humanização do Mercado Municipal, uma ótima iniciativa do prefeito. “Lá em Pernambuco, nas cidades do interior há feiras uma vez por semana. Já em Recife, as feiras são feitas nos bairros em locais muito amplos e sem cobertura”, explicou.
Para o feirante Antonio Vieira da Silva, que trabalha a 35 anos no Mercado, a Prefeitura nem precisava fazer uma reforma. “Antes de fazer essa reforma acho que deveria ser feito um estacionamento. Do jeito que está não está bom mas, não está dos piores”, disse o feirante.
“Espero que faça o mais rápido possível, e que seja uma grande obra. Porque infelizmente hoje não há atrativos para os clientes, como a falta de um estacionamento e um local para higiene limpo e asseado. Tenho certeza que o prefeito Arnaldo Vianna irá cumprir o que prometeu, e se ele não fez antes foi por causa das festas de final de ano”, declarou Ananias Crespo de Freire, vendedor de ovos que trabalha a 35 anos.
Multas por causa da dengue
Rep: Paulo de Almeida Ourives – Wilson Tavares
Data: 26.01.02
Depois de uma grande campanha de combate a dengue, e ter conseguido zerar o índice em Campos, a prefeitura municipal, através da secretaria de saúde e do Centro de Controle de Zoonoses, irá multar os moradores que insistirem em não colaborar com a municipalidade no combate ao mosquito da dengue. A iniciativa tem por objetivo conscientizar as pessoas da gravidade do problema, e erradicar os focos de proliferação do mosquito Aedes Aegypti.
No Parque Nogueira, a dona de casa, Eliane da Silveira, disse que está preocupada porque tem uma piscina, mas que irá providenciar uma cobertura para a piscina plástica. “Acho a medida ótima, porque tem muita gente que não se preocupa com o problema. Enquanto a maioria da população tem trabalhado e colaborado para evitar a erradicação da doença. Quanto ao valor da multa só quero saber de quanto vai ser, porque tem muita gente que ganha um salário mínimo e não vai ter como pagar essa multa”, declarou Eliane, que reside na rua Alberto Silveira, no Parque Nogueira.
Na mesma rua, a dona de casa Luzia Pereira de Abreu informou que tem uma piscina plástica em casa que é a diversão da sua neta, Paloma, 4. “Acho correta a medida, se é para fazer o bem para todos, a prefeitura realmente tem que multar as pessoas que não colaboram. Porque se nós fazemos a nossa parte, porque os outros não podem colaborar?”, explicou Luzia.
Comerciantes - carnaval
Rep: Paulo de Almeida Ourives - fotos Wilson
Data: 28.01.02
Com a proximidade do carnaval, os comerciantes da avenida XV de Novembro, que sempre protestaram contra a instalação das arquibancadas na avenida dessa vez já olham o carnaval com outros olhos. No ano passado, a Prefeitura chegou a instalar as arquibancadas na avenida Francisco Lamego, em Guarus, mas, como o número de espectadores foi pequeno, a prefeitura então resolveu trazer de volta para a avenida XV, os desfiles das escolas carnavalescas. E como sempre ocorre, enquanto alguns comerciantes reclamam, outros acabam criando mecanismos para driblar os possíveis prejuízos.
Os desfiles desse ano serão realizados entre a Ponte de Ferro da Leopoldina e a Ponte Barcelos Martins, e para driblar as dificuldades um dos comerciantes resolveu antecipar algumas promoções e criou algumas inovações, irá ligar para os clientes habituais, oferecendo serviços como a entrega pessoal das peças de automóveis.
"Não adianta esquentar, o negócio é aceitar a situação até porque é só por 15 dias. Sei que o carnaval é uma festa popular e quando começarem a montar a arquibancada, o movimento dos nossos clientes irá diminuir porque eles terão dificuldades em chegar até a minha loja, por conta disso, irei fazer uma promoção para antecipar as perdas que terei quando a loja ficar fechada", declarou Manoel Amaro Rodrigues da Silva, da Macolub.
Ele informou também que "o carnaval é uma festa que beneficia apenas 80 mil pessoas e não adianta ir contra uma realidade. A prefeitura já tentou por duas vezes, levar os desfiles para outros locais, mas não conseguiu o seu intento, porque poucas pessoas foram assistir aos desfiles", disse.
"Eu acho que a Guarda Municipal deveria cadastrar os proprietários das lojas, da área afetada pelos desfiles, porque enquanto a avenida ficar fechada para o trânsito, as transportadoras que trazem as nossas mercadorias, não sabem que o acesso a loja está prejudicado. E como ficam os pequenos frentistas que querem descarregar as mercadorias?", concluiu.
Já o gerente do Pálace Hotel, Marcelo de Oliveira, declarou que o carnaval na avenida XV de Novembro é tão prejudicial para o comércio como para o carnavalesco. "Porque a estrutura da avenida limita a altura dos carros e que as escolas possam mostrar algo criativo, além disso, a pista é ondulada o que dificulta o desenvolvimento dos desfiles".
"Apesar dos esforços da prefeitura em tentar minimizar os problemas, a avenida XV de Novembro é uma rua eminentemente comercial e a colocação das arquibancadas na frente das lojas comerciais acaba mexendo no fluxo de caixa de uma forma relevante. Agora, a prefeitura sempre tentou facilitar o transito dos hóspedes do Hotel, até porque, o hotel é o único empreendimento comercial da avenida que não fecha. E nesse período sempre recebo de oito a nove ônibus com turistas vindos de São Paulo para tomar café e que acabam voltando para almoçar na terça-feira de carnaval", disse Marcelo.
Ele lembrou que a divisão de Posturas da Guarda Civil Municipal sempre contornou a situação e nunca deixou que os ambulantes instalassem barracas próximas do hotel para não dificultar o trânsito dos hóspedes.
"O fluxo de turistas para o carnaval de Campos é muito pequeno, mas acredito que a prefeitura já esteja estudando a viabilidade de se construir um sambódromo num local onde as escolas carnavalescas pudessem construir os seus barracos, os carros e as alegorias. Além de ser um espaço onde eles possam realizar shows e eventos para não ficarem tão dependentes da verba municipal e do comércio.Eu não tenho condições de ajudar uma escola carnavalesca porque sei que ela vai acabar me prejudicando", explicou Marcelo.
O gerente do hotel soube que uma das escolas teve o seu trabalho prejudicado em virtude da mudança do desfile da avenida Francisco Lamego para a avenida XV de Novembro. Tudo por causa de um acidente que ocorreu no início de dezembro passado, quando uma carreta colidiu com a ponte da Ferrovia Centro Atlântica. A estrutura da ponte foi avariada e os engenheiros da empresa foram obrigados a reduzir a altura limite de 4,5 metros para 3,5 metros de altura. Isso sem falar nas duas torres que sustentam a viga, que acabou por reduzir a largura da avenida naquele trecho.
Manifestação na frente da Prefeitura
Rep: Paulo de Almeida Ourives – Juarez e Prefeitura
Data: 29.01.02
Cansados de esperar por uma resposta sobre a implantação do Plano de Cargos e Salários, os servidores municipais fizeram uma manifestação ontem pela manhã em frente ao Centro Administrativo José Alves de Azevedo. Utilizando-se de um carro de som cedido pelo Sindipetro, os diretores do Sindicato dos Profissionais dos Servidores Públicos Municipais, Siprosep, e alguns servidores conseguiram enfim, depois de muito barulho, o que queriam, uma resposta da secretária de Administração, Cláudia Salgado. Ela recebeu uma comissão de sindicalistas para coloca-los a par dos tramites legais, que a implantação do Plano de Cargos e Salários terá, mas destacou que a implantação será retroativa ao mês de janeiro.
Muitos sindicalistas de outras categorias e de outros municípios da região estiveram presentes ontem pela manhã em frente à Prefeitura, para apoiar o movimento dos servidores. Havia sindicalistas de São Francisco do Itabapoana, São Fidélis, Italva, Cardoso Moreira, São João da Barra, Conceição de Macabu e até de Trajano de Morais. Além deles o delegado da Federação dos Servidores Públicos Municipais do Estado do Rio de Janeiro, Lenilson Rangel, também esteve presente.
Após muito barulho, a secretária de Administração, Cláudia Salgado, recebeu uma comissão de sindicalistas e representantes dos servidores para uma reunião na sala da Procuradoria Geral do Município. Depois de uma reunião de 30 minutos a portas fechadas a secretária de administração Cláudia Salgado, abriu as portas do gabinete da Procuradoria para a imprensa e adiantou que a pedido do Prefeito Arnaldo Vianna - que já havia sido informado sobre a manifestação - o Plano de Cargos e Salários será implantado, após alguns tramites legais.
“O Plano de Cargos e Salários dos servidores será implantado, assim que ele passar por alguns ajustes da Procuradoria do Município, e pela aprovação na Câmara Municipal, que está de recesso e só voltará as atividades em 15 de fevereiro”, disse Cláudia Salgado.
Ela informou que a prefeitura tem colocado em dia todos os débitos existentes em relação aos direitos dos servidores. “É muito importante que os servidores saibam, que os recursos oriundos dos royalties do petróleo, não são para pagar os salários dos servidores. E que as dívidas existentes serão pagas à vista ou parceladas, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas o Plano de Cargos e Salários será implantado e inclusive, ele será retroativo a primeiro de janeiro desse ano”, informou Cláudia.
“Essa é uma reivindicação antiga dos servidores, quando o Legislativo Municipal voltar do recesso e a Prefeitura enviar o Plano de Cargos e Salários para a Câmara Municipal é claro que nós vereadores iremos atender ao apelo do Executivo municipal e colocaremos o Plano na pauta como prioridade para a votação e aprovação. Atendendo assim aos justos anseios dos 10 mil servidores que serão beneficiados”, foi o que declarou o vereador Renato Barbosa, sobre a situação dos servidores que agora dependem da aprovação do Plano pela Câmara Municipal. Apesar da Câmara Municipal estar de recesso, os vereadores Renato Barbosa, Alcyones Borges e Rodrigo Viana foram até a prefeitura para fazer uma visita de rotina.
“A revolta dos servidores é porque até hoje o plano não foi apresentado ao sindicato, bem como pelo fato da prefeitura também não ter informado sobre a situação do Fundo de Garantia, que ainda não foi pago”, declarou Lenilson.
O presidente do sindicato, José Dalmo, destacou que o plano irá beneficiar 10 mil servidores municipais, mas estava aguardando que a prefeitura implantasse esse Plano de Cargos e Salários desde o dia primeiro de janeiro, como nada foi feito, foi resolvido em uma assembléia realizada no último dia 23 que a categoria iria se manifestar.
“Só queríamos que o prefeito Arnaldo Vianna desse uma data oficial para a instalação do Plano de Cargos e Salários. Esse Plano seria implantado desde o mês de março do ano passado, quando após a posse tivemos uma reunião com ele. Nessa oportunidade oferecemos ao prefeito uma pauta de intenções e a confecção do Plano de Cargos e Salários. Como em meados do ano passado ele teve problemas de saúde, ficamos esperando que ele melhorasse. Soube que o Plano já foi aprovado pelo Orçamento municipal e agora estamos apenas esperando a aprovação da Câmara para que a Prefeitura implante essa antiga reivindicação dos servidores”, disse José Dalmo.
Em meio à manifestação, um dos sindicalistas lembrou que “o Prefeito Arnaldo Vianna tem até o dia 31 de março para implantar o Plano de Cargos e Salários. Porque como este é um ano eleitoral, nenhum governo poderá fazer nada seis meses antes do pleito”.
Um caso de dengue hemorrágica no bairro Nova Canaã
Rep: Paulo de Almeida Ourives – foto Wilson
Data: 31.01.02
O primeiro caso de dengue hemorrágica foi constatado em Campos, ele ocorreu no Bairro Nova Canaã, a 10 quilômetros do centro da cidade. Depois de passar mal, com fortes dores de cabeça, dores no corpo, náuseas e o surgimento de pequenas manchas em todo o corpo, Débora Pessanha Rangel, 28, foi atendida inicialmente no posto local e encaminhada para o Centro de Saúde, na rua Gil de Góis. Após alguns exames a Secretaria de Saúde, constatou que ela estava com dengue hemorrágica.
Apesar do resultado ter dado positivo e, a Chefe do Setor de Epidemiologia da Secretaria de Saúde, Elizabeth Tudesco ter confirmado através da imprensa a notícia de que havia um caso de dengue confirmado no bairro, a enfermeira do Posto de Saúde do bairro Nova Canaã, Karina Reis do Vale, rebateu as informações alegando que Débora nunca teve dengue.
Ela informou que os sintomas começaram em 17 de janeiro, mas só ficou preocupada quando percebeu que as manchas estavam em todo o corpo, principalmente nas áreas que normalmente ficam cobertas. “Comecei a sentir uma forte dor de cabeça, dor nos olhos e nas articulações. Tive náuseas e enjôos, pois nada ficava no meu estômago. No começo eu não liguei muito, mas quando percebi que estava com umas manchas – petéquias – no corpo, fiquei preocupada”, declarou Débora.
“Fui até o Posto local, e quando cheguei lá é que comecei a ficar preocupada, porque logo me encaminharam para o Centro de Saúde, na rua Gil de Góis. Quando cheguei no CSU, fui atendida pelo médico sanitarista, Eduardo de Jesus Gomes Arueira, que ficou apavorado com o meu estado. Ele me deu uma guia e fui até o Hospital Ferreira Machado para fazer exames. Depois de alguns dias, a Chefe do Setor de Epidemiologia, Elizabeth Tudesco, ligou para mim para saber como eu estava e informou que eu estava com dengue hemorrágica”, explicou Débora.
Na residência em que mora, no quilômetro dez da rodovia BR-101, da Campos-Vitória, Débora que reside com a mãe, Elizete Pessanha Rangel, e a irmã, Estér, 17, também contraíram a dengue, mas do tipo clássico, ou seja, não apresentaram manchas no corpo. Na casa não há nenhum sinal ou foco do mosquito, como garrafas plásticas, pneus com água empoçada, plantas com águas ou poços destampados.
Em contradição as informações dadas por Elizabeth Tudesco, a enfermeira Karina disse que “aqui no bairro não houve nenhum caso de dengue hemorrágica. Infelizmente como as pessoas estão ouvindo no rádio, e vendo na TV as notícias sobre a dengue hemorrágica, eles acabam ficando com essa palavra na cabeça e acham que todos os casos são de dengue hemorrágica”.
Existem dois tipos de dengue, a clássica e a dengue hemorrágica. Na dengue clássica, os sintomas são dores de cabeça, fraqueza, dores no corpo, principalmente nas articulações, além de náuseas, ânsias de vômito e febre muito alta. Já a dengue hemorrágica, apresenta os mesmo sintomas, acrescidas das petéquias, pequenas manchas vermelhas sobre a pele.
O bairro Nova Canaã, localizado no quilômetro 10, da rodovia BR-101, Campos-Vitória, existe a cerca de 10 anos, mas apresenta sérios problemas de infra-estrutura. A coleta de lixo não é feita pela secretaria de Limpeza Pública, não há um posto de saúde, para atendimento de emergência com uma ambulância, para os 2.000 moradores do bairro. Não há água encanada nas residências, e os moradores utilizam-se das águas de cacimba, além da falta de um sistema de esgotamento sanitário.
No bairro não há nenhuma escola para atender as mais de 500 crianças, que em período escolar ainda enfrentam o problema da falta de linhas de ônibus regulares para o centro da cidade. E para piorar, não há nenhum telefone público ou particular no bairro. Para telefonar, as pessoas precisam se deslocar até o posto Garoupa I, que fica na margem direita da rodovia BR-101.
PM faz balanço da mega-operação
Rep: Paulo de Almeida Ourives – s/foto
Data: 31.01.02
O 8º Batalhão de Polícia Militar fechou ontem pela manhã a mega-operação realizada desde quarta-feira. Nessa operação, a PM conseguiu recuperar dois veículos, apreender 15 veículos com problemas de documentação, além de efetuar a prisão de três elementos em flagrante.
O relações públicas do 8º Batalhão de Polícia Militar, tenente Zerlito Coutinho, informou que a PM conseguiu apreender 15 veículos por problemas de documentação, e dois veículos que haviam sido roubados, um no Rio de Janeiro na área da 23ª Delegacia de Polícia-Legal, e outro em Macaé. Numa batida nas imediações do Shopping Estrada, os policiais conseguiram recuperar o Fiat Siena, que havia sido roubado no Rio de Janeiro, e a moto Honda Bizz, que havia sido roubada em Macaé.
A Polícia conseguiu efetuar a prisão de três homens, Rosenilson Ribeiro da Silva, 24, que foi detido quando passava pela estrada do Carvão, com um sacolé de cocaína, pesando 44,98 gramas. Uma trouxinha de maconha pesando 1,64 gramas, além de material para pesagem e embalagem de droga, e uma espingarda de ar comprimido.
Em uma batida na rua Amália Chaves, em Goitacazes, os policiais acabaram prendendo Rosemberg Manhães de Andrade, 20, que estava carregando uma espingarda de calibre 280 milimetros, quatro toucas ninjas, quatro jaquetas das Forças Armadas, quatro pares de luvas e diversos eletrodomésticos como, um forno microondas, um frigobar, uma batedeira, um receptor de antena parabólica e um pistolete (arma caseira).
Quando trafegava na avenida Nilo Peçanha, bem próximo do Centro Administrativo José Alves de Azevedo, Prefeitura, Marcelo Pessanha Sardinha, 22, foi detido e preso porque estava portando 0,92 gramas de cocaína. Segundo informações do tenente Zerlito Coutinho, esse foi o resultado de uma operação que poderá se estender nos próximos dias.
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